NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Feliz Natal, povo!!!


Depois que o povo se matou no ano passado por causa de política e passou o natal e fim de ano de cara amarrada, amizades desfeitas (se amizade acabou por causa de política, amigo teu nunca foi). Contatos excluídos, afinal... quem foi já foi tarde. Vida que segue. Eu desejo a todos um Feliz Natal e semana que vem tô aqui pra desejar Feliz 2020. Aproveitar né? Já que eu tava sem ideia do que postar por aqui nas últimas semanas.
Hoje faz 29 anos da partida do meu papai pro plano espiritual. Lidar com perda é complicado, mas a gente se adapta como pode né?
Papai gostava muito do natal e era uma aventura todo ano quando a gente cismava de montar a árvore. Uma coisa que eu não esqueço é a combinação perigosa: árvore, janela e vento. Toda vez era árvore que tombava, bola que quebrava, pisca pisca embaralhado na hora de montar e quando íamos na casa da minha avó ter que disfarçar pra eu ir na frente pra colocar o presente do Papai Noel pra falar que foi ele que trouxe enquanto nós estávamos na minha avó. Eita quanta lembrança bacana.
Agora um filme que eu recomendo é o Férias Frustradas de Natal com o Chevy Chase. O filme é de 1989 e tem um enredo em que TUDO DÁ ERRADO. É imperdível.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Meu Top 10 Discos (parte 2)



TOP 10 – 2ª parte

Continuando com a minha lista de discos de cabeceira, esse segundo Top 10  já tem uma particularidade de ser um top 12. Não segue uma ordem cronológica de como os conheci, mas são discos que ouvi muitas e muitas vezes e contribuíram demais pra minha formação musical.

1º. Elton John – Caribou (1974)
Conheci esse disco por volta de 1995 ou 1996 quando um amigo levou com mais alguns discos para tocar na quermesse da igreja (sim, eu era quem ficava no som pilotando um Gradiente Garrard) e colocando desde Beatles, Legião Urbana e de tudo um pouco. Me apareceu esse do Elton John onde na época eu ouvia muito a música Pinky, embora o grande sucesso desse disco tenha sigo Don´t Let Me Sunshine Go Down On Me.

2º. Johnny Mathis – Mathis Magic (1979)
Enquanto papai era vivo não me liguei nesse som, no que esse disco representaria pra mim. Trata-se do disco mais Disco Music do Johnny. Uma sonoridade ímpar tem esse disco e não sosseguei enquanto não o consegui em mp3 pra colocar no celular. Ano passado consegui uma cópia zerada desse disco em vinil. É um dos que eu mais gosto do Johnny.

3º. Raul Seixas – Abre-te Sésamo (1980)
Eu fui conhecer esse disco sabe-se lá em que época, mas foi muito depois do seu lançamento. Algo que me impressionou além das letras foi o instrumental desse disco. Raul gravou com uma banda de primeira, as linhas de baixo em todas as músicas eu tomo como lições que levo pra minha vida inteira musical. Sempre quando toco na igreja ou precisamos discutir arranjos, sempre me vem uma ou outra linha de baixo desse disco na mente. Em tempo: A música “Aluga-se” continua atual até os dias de hoje. Raul é gênio.

4º. Michael Jackson – Thriller (1982)
O disco mais vendido de todos os tempos. Um disco minuciosamente elaborado e que até hoje é vendido no mundo todo. Um disco que me marcou bastante e que ouvi muito na minha pré-adolescência e ouço até os dias de hoje. Sonho de consumo é ter esse disco na prensagem americana capa dupla. Os clipes da Thriller, Billie Jean e Beat It, juntamente com esse disco colocaram Michael num patamar que nenhuma reportagem sensacionalista consegue tirá-lo.

5º.  Beatles For Sale (1964)
Depois do Please Please Me, With The Beatles e da trilha sonora de A Hard Day´s Night, os Beatles surgem com esse For Sale. Por mais que digam que no disco “Rubber Soul” que a banda começava a mudar o seu som e experimentalismo, o disco que marca o começo da mudança pra mim é o For Sale. Esse disco foi um dos primeiros que comprei dos Beatles com meu primeiro salário, por mais que eu não soubesse o que exatamente viria nesse disco comprei primeiramente por causa da capa, e há mais de 30 anos é um dos discos que eu mais escuto da banda. Dos discos prensados aqui, esse é da prensagem de 1988. A melhor que saiu em vinil por aqui.


6º. The Beatles (1968)
Conhecido como White Album ou Álbum Branco, esse disco duplo foi descrito por Lennon como “...Paul e a banda, John e a banda, George e a banda e Ringo e a banda.” Um disco duplo que vinha um pôster, no verso do pôster as letras e quatro fotos, cada uma de um integrante. Período tenso na carreira dos Beatles onde a morte do seu empresário Brian Epstein tinha abalado profundamente os Beatles. O primeiro disco dos Beatles por sua própria gravadora a Apple, embora as canções tenham sido gravadas em Abbey Road. Os Beatles tinham recém montado a Apple onde teriam maior controle dos seus discos “a ideia foi boa, mas em pouco tempo virou a festa do caqui” e dar força a novos artistas. Muitos sucessos da banda estão nesse disco.

7º. Tim Maia Racional (1975)
Tim Maia tinha entrado para a Cultura Racional e compôs as letras desse disco baseado no livro Universo Em Desencanto. Quando apresentou o disco para a Philips, a gravadora orientou que refizesse o disco alegando que ele seria um fracasso de vendas. Tim acabou fundando a gravadora Seroma e foi vender o disco debaixo do braço e hoje é um dos mais raros trabalhos do Tim, também o vol 2 desse disco é um pouco mais raro ainda.

8º. Elvis Presley – That´s The Way It Is (1970)
Nos anos 90 eu recém tinha descoberto o filme de mesmo nome. Quando vi esse disco pensei que se tratasse da trilha sonora desse filme. Por mais que todo mundo entenda isso, eu nunca vou ver esse disco como trilha sonora do filme. Talvez não tenham incluído Polk Salad Annie em virtude dela já ter saído no On Stage em fevereiro de 1970. O disco mescla sim as músicas do filme, algumas músicas do filme, porém gravadas em estúdio e algumas que saíram como single. Um disco excelente, mas não ver a Polk Salad Annie descrita na contra capa devo ter exclamado um sonoro “O quê? Mas como?”

9º. Roberto Carlos (1981)
Esse disco fez parte da minha infância. Eu tinha sete anos quando esse disco foi lançado. O disco da melhor versão da música “Emoções”, Roberto nunca mais conseguiu com essa música o som que conseguiu nesse disco. Gosto de todas as canções desse disco. Ouço sem pular nenhuma faixa. Um disco tão bem equalizado que pra mim é  referência de gravação, equalização e sonoridade.

10º. Carpenters – Close To You  (1970)
Eis que uma madrugada eu vejo o filme com a história da Karen Carpenter na TV. Impossível não se apaixonar pela dupla. Alguns anos mais tarde tenho contato com algumas músicas da dupla em uma fita k7 de uma amiga. Com a internet fui conhecendo os discos e esse foi um dos primeiros que conheci. Esse disco traz sucessos e toda a musicalidade da dupla com uma sonoridade perfeita. Gosto demais desse disco.

11º. KISS (1974)
The first album of the hottest band of the world.  Conheci o KISS com o Creatures Of The Night, mas esse primeiro disco me tirou muitas noites de sono até achar pra comprar. Parecia praga, em lojas, ou sites ou até grupos de vendas nas redes sociais, aparecia tudo quanto era disco do KISS menos esse. Fui achar a primeira prensagem nacional em uma loja aqui em São Paulo. O velho comentário: voltei falido mas feliz!!!

12º. Big Brother And Holding Company – Cheap Thrills (1968)
Por mais que seja um disco da Big Brother, para mim sempre vai ser o primeiro disco de estúdio da Janis. O úlitmo disco de estúdio dela como vocalista principal da banda. Da mesma forma que Janis ficou grande demais para Port Arthur no Texas, ficou grande demais para o Big Brother. Nesse disco há os clássicos Summertime, I Need Man To Love, Piece Of My Heart e Ball And Chain.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Meu Top 10 discos



Muito antes de aprender a tocar violão, por volta de 1989, algo que sempre me chamou atenção e sempre teve um significado muito especial foi o disco de vinil. Muito mais que fita k7, que ainda era possível montar sua coletânea preferida, a chamada playlist, hoje em dia. Com o disco de vinil eu decorava muito mais a sequência das músicas do que com o CD. Sem contar a capa, encarte (quando vinha) e todo o manuseio, lendo as informações do selo, os selos icônicos como o da CBS dos anos 80, da maçã (Apple) dos Beatles, ou o Nipper com o gramofone da RCA. No caso específico da CBS, o desânimo total quando a partir de 1991 veio aquele selo vermelho, tentando imitar o selo americano da Columbia, mas que ficou feinho demais aqui em terras brasileiras.
Hoje resolvi escrever sobre os discos que mais me marcaram em todos os tempos, discos que ouvi e que conheço cada segundo de cada música. Discos que formaram meu gosto musical. Essa ideia surgiu ainda quando eu usava uma rede social e foi proposto pelos amigos eleger o seu top 10 de discos. Como não consegui resumir em dez discos, acabei fazendo um segundo top 10, que aumentou para top 12, o que fugiu um pouco da regra mas, não dava pra deixar de fora. Talvez suba para top 13 a segunda parte. Mas hoje falarei pelo menos da primeira parte do meu Top 10 de discos. Seriam meus discos de cabeceira.
1º. The Beatles 1967/1970
Coletânea dupla que muitos fãs chamam de disco azul. O importado americano e acho que japonês tem em vinil azul que é a coisa mais linda. Esse foi meu primeiro disco dos Beatles. O disco traz boa parte do que foi lançado de 1967 até 1970, portanto, a segunda parte da carreira da banda. Então posso dizer que conheci primeiro a segunda fase da banda. Fui conhecer a primeira fase quando entrava na aborrescência. Esse disco tem uma história curiosa. Tínhamos esse disco em casa e um dia minha tia (irmã do meu pai) falou algo como: Ah, você tem esse dos Beatles, me empresta. Numa primeira oportunidade que fui a casa dela peguei o disco de volta. Não, eu não ouvia o disco direto, mas comecei a ouvir mais na curiosidade de conhecer aquele disco que me chamou atenção pela capa. Mesmo que ainda eu não soubesse quem era John, Paul, George e Ringo, muito menos identificá-los na capa, pois eu tinha algo em torno de 6 ou 7 anos. O disco traz mais singles, as músicas de compacto e traz também algumas que estão espalhadas em alguns discos. Mas depois ao conhecer tudo a partir do Please Please Me, aí a coisa ficou séria.

2º. Roberto Carlos 1978
Esse também tem uma história curiosa, pelo menos pra mim. Meu pai aparece com esse disco, eu já devia ter visto o RC na TV e embrulhando esse disco para presente dizendo que eu tinha que dar esse disco na noite de natal para meu (amigo secreto – costume cafona na minha família) para meu tio (irmão dele). Deve ter me batido um pensamento do tipo: Ah, talvez ele não queira e eu fico com o disco pra mim. Estamos falando de 1978 quando eu tinha 4 anos. Não me lembro se tinha ouvido o disco até então, ou se já tínhamos um compacto desse disco e o (disco grande como eu chamava o LP) tenha me chamado atenção. Tudo isso e um pouco mais fez com que esse disco fosse um dos que mais curto do RC e por ter um valor sentimental. Embora eu não tivesse idade para entender algumas letras como A Primeira Vez, ou Mais Uma vez, Tente Esquecer, Fé, Vivendo Por Viver...

3º. Elvis Presley – Elvis Today de 1975
Outro disco curioso também porque nele não estão os sucessos como Blue Suede Shoes (que talvez seja minha preferida dele até hoje), nem Don´t Be Cruel, Heartbreak Hotel, Burning Love, Kiss Me Quick, nem My Way ou Sylvia. O disco foi gravado em 1975, como diz o Renan “depois disso só em Graceland...”,  é um disco com bastante elementos country, todas as músicas tem potencial para serem grandes sucessos. Do disco eu destaco todas, pois não pulo uma faixa. Esse é um dos discos do Elvis por qual eu tenho um carinho mais que especial. A jumpsuit que ele usa na capa é algo que passei a vida inteira vendo em todos os seus detalhes. Uma história curiosa foi que na Elvis Experience (maior exposição sobre Elvis que já se viu no Brasil) com itens vindos diretamente de Graceland, eis que veio essa roupa dessa capa. Poder tirar foto de todos os detalhes dessa jumpsuit, posar para foto do lado dessa roupa, pra mim representa mais do que ter ganho sozinho na mega sena.

4º. Roberto Carlos 1969.
Outro disco que fez parte da minha infância, aqui tem um Roberto mais (roqueiro) do que no disco de 1978. Anos mais tarde fui entender que o (roqueiro) era na verdade um disco bem puxado para a soul music. O que o RC conseguiu com esse disco, foi uma fórmula começada bem timidamente em algumas faixas do disco de 1966, por mais que teimem que foi no disco Inimitável de 1968. Esse é outro disco o qual eu ouço também sem pular uma faixa. Alguns anos depois consegui comprar o CD, mas não é a mesma coisa. Quando você gosta muito de um disco que conheceu no vinil, ao conseguir o CD é a mesma sensação que levar uma baita gostosa pro motel, deixar ela peladinha na cama e bater punheta. Tem graça nenhuma. Fiquei com a cópia que tinha na infância, toda riscada, capa rasgada até que muitos anos mais tarde consegui a primeira prensagem em stereo. Anos depois fui saber que tinha um pôster na versão mono... o pôster ainda eu não tenho, mas ter esse disco inteiro já é uma grande coisa pra mim.

5º. KISS  - Creatures Of The Night 1982
Eis que esse fã de Roberto Carlos, Beatles e Elvis, aos oito anos vê uns caras mascarados na TV. Pedi para meu pai comprar esse disco sem ter a mínima ideia de que som a banda levava. Era diferente de tudo que eu tinha ouvido até o momento. Ou, talvez tenha visto o clipe de I Love It Loud, veiculado sempre no Som Pop. Por causa desse disco acabei virando fã do KISS e através do irmão de meu amigo vizinho de infância que também tinha outros discos do KISS acabei conhecendo um disco ou outro, até começar a trabalhar e comprar meus discos. KISS é algo como Elvis e Beatles, quando aparece algum disco nos mercados livres da vida tá o olho da cara.

6º. Led Zeppelin IV
Lembro que conheci esse álbum numa fita k7 original que meu pai deve ter trazido pra casa e era pra venda ou qualquer coisa assim. Conhecer Led com esse álbum foi algo inesquecível. As pedradas Black Dog, a contagiante Rock n Roll, a perfeita junção entre o acústico e o metal pesado Stairway To Heaven, Misty Moutain Hop com a bateria trovejante do John Bonham, me fez correr anos depois atrás dos outros discos da banda. E sim, também virou uma banda do coração.

7º. Deep Purple – Machine Head
Nem é preciso dizer que depois que conheci o KISS, conhecer coisas mais pesadas como Zeppelin e Purple foram consequência. O Purple não me lembro muito bem se já tinha ouvido a Smoke On The Water inteira ou só conhecia o riff, mas acabei gostando do disco todo. Ao saber das circunstancias em que o disco foi gravado no hotel, as historias da banda do Blackmore e o Gillan sempre em pé de guerra, as fotos da parte interna do disco nas sessões de gravação, e conhecer o Purple com esse disco ou com o clipe da Perfect Strangers (anos mais tarde) mas com a mesma formação, é algo inesquecível. Purple se tornou a banda do coração também. Com essa formação apenas.

8º. Beatles – Abbey Road
Por mais que o Let it Be seja o último disco lançado, esse é o último disco gravado pelos Beatles. Foi um dos discos que comprei com meu primeiro salário e um dos discos que tenho o maior carinho. Que aliás completa 50 anos agora em 2019. A capa, se a gente analisar, é uma foto tão simples, mas é uma das melhores capas de todos os tempos. Por mais que os Beatles não estivessem sempre juntos nas sessões de gravação, por mais que não se dessem muito bem no final das contas, podemos dizer que nesse disco fecha a discografia oficial da banda com chave de ouro. Impossível não amar esse disco.

9º. Arnaldo Baptista – Lóki?
A primeira vez que ouvi esse disco eu não gostei. Era diferente de tudo que eu tinha ouvido até então. Um disco que é uma obra prima. Dor, sofrimento e superação nas letras. Um disco rock que não há guitarras. É emoção pura, é entrega do Arnaldo. Se tornou um dos discos que eu mais gosto. Grande emoção foi encontrar o Arnaldo na loja Baratos Afins e pedir para ele autografar esse vinil pra mim.

10º. Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz
Conheci Mutantes e Arnaldo através de um amigo, através de uma ou duas fitas k7 gravadas a partir de discos do seu irmão mais velho. Mutantes com toda sua irreverência, experimentalismo, originalidade ao compor e gravar suas músicas, esse é o último disco com a participação da Rita Lee. Esse é um disco que ouço sem pular uma só faixa também. Mutantes também se tornou uma banda do coração.

Bem pe, pessoal esse é o meu top 10 (primeira parte) dos discos, dos meus discos de cabeceira. Espero que tenham gostado. Abraços e até a próxima postagem que pretendo fazer em breve da segunda parte dos top 10.



segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Oito anos de blog!!!



O blog do Baratta completa 08 anos de existência e insistência. Insistência porque eu não abandono a plataforma blog de jeito nenhum. Por mais que muitos ainda estejam deslumbrados com o tal “cara de livro” ou um tal de “estragão” a plataforma blog (pelo menos pra mim) é algo que nunca vai perder a sua funcionalidade. Mas aí você que acessou e está lendo no momento pode pensar: Ah, sai dessa, Baratta! Ninguém mais acessa blog hoje em dia. Primeiro lugar que quem faz um comentário dessa natureza é porque leu o que eu escrevi um pouco acima, se leu é porque acessou!!! Tenho conhecimento que os acessos dos blogs caíram bastante de uns tempos pra cá e a tendência é piorar cada vez mais.
Deixo aqui então o meu muito obrigado a todos vocês que sempre acessaram, leram e comentaram aqui, a quem acessou por engano e gostou e passou a seguir, a quem acessou por engano, não gostou e nunca mais voltou, a quem fala bem do blog, a quem recomenda o blog, a quem fala mal do blog, deixo o meu obrigado a todo mundo. Oito anos se passaram mas a vontade e o anseio de escrever não passa. As vezes me falta tempo, mas estarei sempre por aqui. Parabéns pra noize!!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Roberto Carlos 1969 (50 anos)



Por volta de 2011 quando montei esse blog, montei também um blog sobre o Roberto Carlos, o Súditos RC. O foco seria comentar os discos, alguns especiais (pelo menos os mais recentes) e os lançamentos, além de postar vídeos que pouco a pouco foram aparecendo no you tube e recentemente esse ano de janeiro para cá apareceram um monte de verdadeiras raridades que até um tempo atrás era exclusividade de colecionadores, que muitas vezes se acham “donos da obra do Roberto”, mas aí já é outra história. Esse ano de 2019 eu acabei me enchendo do blog e acabei deletando. Por estarmos em 2019 e os grandes álbuns lançados em 1969 estarem comemorando 50 anos, impossível não falar desse disco.  Intitulado Roberto Carlos, o disco lançado pelo cantor em 1969 é diferente de tudo que se tinha ouvido no Brasil até o momento.

01. As flores do jardim da nossa casa
Roberto Carlos - Erasmo Carlos 


02.Aceito seu coração
Puruca 



03. Nada vai me convencer
Paulo César Barros 



04. Do outro lado da cidade 
Helena dos Santos 



05.Quero ter você perto de mim
Nenéo 



06 Diamante cor-de-rosa 
Roberto Carlos - Erasmo Carlos 



07. Não vou ficar
Tim Maia 



08. As curvas da estrada de Santos
Roberto Carlos - Erasmo Carlos 



09.Sua estupidez
Roberto Carlos - Erasmo Carlos 



10.Oh, meu imenso amor
Roberto Carlos - Erasmo Carlos 



11.Não adianta
Édson Ribeiro 



12.Nada tenho a perder
Getúlio Cortes



01-As Flores do Jardim da Nossa Casa (Roberto Carlos/Erasmo Carlos)
Composição da dupla Roberto e Erasmo falando de ausência. Porém, outra curiosidade é sobre a vida das flores. No primeiro verso fica bem clara essa idéia. (As flores do jardim da nossa casa/morreram todas de saudade de você/ E as rosas que cobriam nossa estrada/perderam a vontade de viver). As flores tem vida, claro, e tem sentimento. Elas sentem falta das pessoas, sentem quando algo não vai bem. Aliás, já ouvi falar de que as plantas ou murcham, ou secam quando chega alguém invejosa, ou que carrega o mau estar. Anos mais tarde Roberto recusaria cantar “As Rosas não falam” do grande Cartola. Roberto só canta as coisas em que acredita.

02-Aceito seu coração (Puruca)
Fala de um amor que foi, mas tem tudo pra voltar. Aqui já há uma prévia do que viria a ser os temas das canções dos discos de Roberto nos anos seguintes. Violinos, orquestra e letras focadas no amor (na sua forma eterrrrna) como ele diz.

03-Nada vai me convencer  (Paulo Cesar Barros)
A letra é meio no estilo, vai e não olha pra trás. Particularmente é até legal ouvir o rei cantando algo nesse estilo. E é nessa canção que se escuta o barulho das correntes ou  pulseira. Podemos ter uma idéia da energia em que ela foi gravada, e sua voz está com o alcance e a ênfase da frase: Já canseei.... é um dos melhores momentos do disco.

04-Do outro lado da cidade (Helena dos Santos)
 A guitarra em evidência está em primeiro plano. Uma letra legal, que foi gravada em espanhol também. Quando eu era criança eu gostava daqueles solinhos da guitarra nas paradas. E há aqui também o assobio na melodia da música.

05-Quero ter vc perto de mim- Nenéo - Roberto começa cantando a capela, bem incomum em seus discos. Depois os instrumentos vão aparecendo um a um. Uma música calma com letra do tipo (volta que tá embaçado)...

06-O diamante cor de rosa - RC/EC - talvez a única música instrumental em toda a carreira. A gaita é do Roberto, bela canção, muito bem feita. Nome do segundo filme de sua carreira cinematográfica.

07-Não vou ficar - Tim Maia - O lado 2 do LP abre com essa porrada do síndico da MPB. O naipe de metais está a todo vapor. Letra do estilo (Sai daqui) onde a voz dele está com um alcance incrível e a banda toda perfeita. Há um coral no verso (pensando berrein). E os gritos que ele dá, pouquíssimas vezes tivemos o privilégio de o ver cantando assim. Na boa, se esse disco teve músicas que não saíram ou foram rejeitadas do estilo dessa, é um baú recheado de pérolas que não chegam ao conhecimentos dos fãs. Fica a dica (Bem que poderia sair um Robertology).

08-As curvas da Estrada de Santos- RC/EC - Os metais de novo. Há um eco no bumbo da bateria. Os violinos entram rasgando a música de fora a fora. A música que Emerson Fittipaldi ia ouvindo pra casa da namorada na praia do Gonzaga, como ele mesmo disse num dos especiais do rei. Música revisitada no disco Acústico e no Primera Fila.

09-Sua estupidez (Roberto Carlos/Erasmo Carlos)
Letra legal, arranjo com violinos em destaque, porém a versão dele ao violão em um de seus especiais de fim de ano pela Rede Globo está linda. Deveria ser lançada em disco. Tem muito material do rei dos especiais como Se você Pensa do especial de 94, Natal Branco, e outras pérolas que repousam nos arquivos da Globo.

10-OH! Meu imenso amor (Roberto Carlos/Erasmo Carlos)
Roberto usa o mesmo recurso vocal que repetiria um ano depois em Vista a Roupa meu bem. Da música do disco de 1969 existe um video curtinho no You Tube circulando atualmente. O arranjo tem uma sonoridade diferente de tudo o que Roberto tinha gravado até então.

11-Não Adianta (Edson Ribeiro)
Canção que seria talvez uma das primeiras vezes em que Roberto usaria a variação de sétima, sétima aumentada e sexta de um acorde. O órgão dá o destaque a partir do verso (Se não existe nada...).

12-Nada tenho a perder-(Getúlio Côrtes)
Essa música foi uma das primeiras que eu descobri como tocava no violão, rs. Variação de quinta e quinta aumentada e que fica muito bem. Além disso, tive o prazer de o Getúlio pessoalmente em 2006. Mas voltando para o disco do Roberto, A canção é boa demais para ficar como última. No vinil por exemplo, há uma perda de qualidade em virtude de ser a última do Lp. Mas não tira o seu brilho. Fecha o disco com chave de ouro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O disco é obrigatório para os que curtem ou não curtem Roberto Carlos. Aqui Roberto flertava com a soul music. Na realidade o flerte com o soul já começara em 68 no disco O Inimitável. A energia com que Roberto gravou as canções, a orquestra, a produção do disco, os temas das músicas... O disco só peca em não trazer as assinaturas dos arranjos das músicas. O disco pode ser chamado de Greatest Hits, pois das 12 músicas, 3 fizeram parte da trilha sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor De Rosa. Um disco a frente da sua época, pois a soul music não tinha chegado em terras brasílicas, muito menos em discos de artistas brasileiros.  As fotos da capa e contra capa são assinadas por Armando Canuto, as letras são diferentes do tipo de amor que o Roberto cantaria a partir da década de 70 até os dias de hoje. 


Na primeira prensagem do LP vinha esse poster abaixo. Poster que eu não tenho, ainda... 




segunda-feira, 26 de agosto de 2019

30 anos sem Raul


No dia 21 de Agosto de 1989 o mundo perdia Raul Santos Seixas. Lembro-me que na noite de seu velório no Crematório de Vila Alpina eu estava (pra variar) na igreja ensaiando e estudando novas músicas para as próximas missas. O primeiro trabalho de Raul que tive contato foi o disco”Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum”! de 1987. Com o tempo fui conhecendo pouco a pouco sua obra. O legado que ele deixou e o que ele representa para o rock nacional. Não existe um ambiente de música ao vivo que alguém não grite em determinado momento “Toca Raullll!!!”. Raul hoje é reverenciado com todas a horas como pai do rock nacional. Raul faz muita falta hoje em dia e se estivesse vivo estaria produzindo músicas maravilhosas, que ele mesmo chamava de “Raulseixismo”. Em 2012 com a direção de Walter Carvalho e produção de Denis Feijão foi lançado o filme “Raul – O Início, O Fim E O Meio”. Mais que um presente para todos os fãs. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Juca Chaves Ao Vivo 1972



Em 2017, mais precisamente em outubro, fiz uma postagem sobre um disco de piadas do Chico Anysio, disco de 1980. Nas minhas (andanças) no you tube encontrei esse disco do qual eu gosto muito também. Um disco do Juca Chaves de 1972. Juca sempre teve um lado político e em seus textos não poupava ninguém. Torno a repetir que esses discos de piadas dos anos 70 e 80 são infinitamente melhores do que a geração que acha que faz stand up hoje em dia. A ideia da postagem me surgiu em uma conversa via whats app com o amigo Marlos. 

quinta-feira, 25 de julho de 2019

1989, um ano muito louco



O período entre 1988 e 1989 foi um dos mais marcantes para mim. Foi o período em que eu começava a violar tocão, OPS !!! tocar violão, aprender alguns acordes e como a maioria faz, depois que aprende 4 ou 5 acordes e tira “Marcha Soldado” de ouvido, acaba se virando sozinho e adentrando o maravilhoso e infinito Mundo da Música. Como cantou Lulu Santos no ano de 1986 na canção “Minha Vida”

“Quando eu era pequeno
Eu achava a vida chata
Como não devia ser
Os garotos da escola
Só a fim de jogar bola
E eu queria ir tocar guitarra na TV”
Trecho da letra da canção “Minha Vida” de Lulu Santos de 1986.

Claro que eu também sonhava ir tocar guitarra na TV, mas em 88 e 89 ainda era muito cedo pra almejar algo tão grandioso. Eu começava a ficar mais ligado em rádio e ouvia bastante a Jovem Pan, onde ri muito com o programa Djalma Jorge e ouvia bastante a rádio Transamérica. Na época ainda tocava muita coisa nacional. “Nós Vamos Invadir Sua Praia” de 1985, disco sobre o qual falei um pouco no último mês de maio, foi um disco que acompanhei o lançamento do disco. O disco seguinte “Sexo” em 1987, ainda tenho esse disco desde o ano de lançamento. Mas creio que 88 eu entrava para o grupo de jovens da igreja. E, se pra ir tocar guitarra na TV estava fora de cogitação, a minha frase era “e eu queria ir tocar violão na missa”. Bom, pelo menos estava mais perto, já que a igreja ficava na rua de casa. Entrei para o grupo de jovens e ali fiz amizade e fui falando com o pessoal da música e aprendi uma coisinha ou outra e mais precisamente no ano de 1989 eu já estava tocando na missa. Tudo errado, com a justificativa de quem está aprendendo e no início, mas já estava lá. Logo no primeiro ano já me deparo com a Campanha da Fraternidade da CNBB. A campanha do ano de 1989 era “Comunicação Para A Verdade E A Paz”. Na época as músicas da campanha vinham em um compacto de 7” com os cantos de entrada, salmo, aclamação, ofertório, comunhão e o canto final. O encarte era uma folha com as músicas com a partitura e cifras. Algum tempo depois viriam os CDs da campanha, de uns anos pra cá o povo baixa tudo da internet ou pega o vídeo no you tube. Aliás, lembro-me de estar na igreja ensaiando quando ouvimos que Raul Seixas tinha morrido e estava sendo velado no Crematório da Vila Alpina, embora uma reportagem diga que o velório foi no Palácio das Convenções do Anhembi. Dois dias antes tinha sido lançado o último disco de Raul em parceria com Marcelo Nova, embora a música “Carpinteiro do Universo” já estivesse sendo executada nas rádios em aparições no lendário Jô Soares 11 e Meia (onze e trinta e cinco, onze e quarenta e três, meia noite) em Julho... e no Domingão do Faustão em Junho.



A segunda metade da década de 1980 foi importante demais para o rock nacional que vinha produzindo cada vez mais discos memoráveis, mantendo o sucesso de crítica e público que tinham conquistado. Uma das primeiras músicas que saíram do meu violão naquele 1989  foi a “Envelheço Na Cidade” por causa da variação em Ré. Pô, aquilo eu já conseguia tocar! Pensava eu (mesmo com minhas limitações) que era um avanço (do verbo avançar, passar uma etapa, adiantar-se em algo ou alguém, não o desodorante). A introdução da La Bamba (interpretada pelo Los Lobos) também foi algo que eu achei que já estava tocando pra caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleo, embora tivesse a humildade e reconhecimento próprio que eu ainda era (e seria por muito tempo, acho que sou até hoje) um bosta! “O Astronauta de Mármore” (versão para Starman do David Bowie) com a banda Nenhum de Nós, também foi outro sucesso nacional e uma das primeiras que toquei. “Seguindo Num Trem Azul” embora esteja no disco Roupa Nova de 1985. E a medida que ia ampliando o meu (repertório inicial) ao mesmo tempo eu entrava no mercado de trabalho. Primeiro em uma locadora de roupas para festas e depois em uma loja de calçados do bairro. Um disco que eu sei que eu tive naquele ano de 1989 era o Crescendo do Ultraje a Rigor. Eles tinham gravado a canção “Filha Da Puta”, que tocava no rádio, porém na versão do rádio em vez da palavra “puta” tocava uma buzina. A expressão não era exclusividade do Ultraje em disco, o Legião Urbana já tinha mencionado as proles das profissionais da cama na música “Faroeste Caboclo” no disco “Que País É Este?” lançado em 1987. De repente as rádios foram invadidas por “Carta Aos Missionários” e “Dias Vermelhos” da banda Uns E Outros, “Uma Barata Chamada Kafka” da banda Inimigos do Rei praticamente foi aí que meu apelido “pegou de vez” pois todo mundo cantava pra mim a música da barata que era de escorpião e gostava de Beatles; “Flores” dos Titãs, “Meninos e Meninas” e “Pais E Filhos” do Legião... O ano de 1989 fechou com chave de ouro “pelo menos pra esse que vos escreve” com o lançamento do disco O Blésq Blom dos Titãs no estúdio transamérica tocando ao vivo no dia 03 de novembro de 1989 e transmitido simultaneamente pela TV Cultura. Creio que nunca devo ter sido tão xingado pelos vizinhos nessa noite, pois assisti pela TV e ouvi no rádio num belo par de caixas ignorantes que eu tive e que tragicamente viraram comida de cupins malditos.
1989 ainda não seria o último respiro de grandes músicas de grandes bandas nacionais e grandes álbuns. Creio que o disco dos Mamonas Assassinas de 1995. Vendeu 2 milhões de cópias em seis meses.


















terça-feira, 25 de junho de 2019

Michael Jackson - 10 anos de saudades



Michael Joseph Jackson deixou esse plano em 25 de Junho de 2009. E lá se vão dez anos sem o rei do pop. Dez anos sem esse artista e ser humano incrível e um dos maiores ícones que o showbizz já viu. Devo ter ouvido pela primeira vez no ano de 1983 com a explosão do Thriller por aqui. Lembro que nos programas de vídeo clipes como o Som Pop na TV Cultura, ou o Super Special na Bandeirantes... até no programa do Barros de Alencar na Record passavam os clipes das canções Beat It, Billie Jean e o mega sucesso Thriller. Outro clipe extraído do Motown 25: Yesterday, Today, Forever (o especial de TV de 1983) foi o Billie Jean onde é tido como o primeiro registro do famoso passo Moonwalk. Na mesma época lembro que a TV Record (se não me engano) passava o desenho dos Jackson 5. Um clipe muito bacana também era o da canção “Say, Say, Say” com Paul McCartney. De repente algumas revistas começavam a aparecer nas bancas (comprei algumas na época) mas não soube armazená-las de forma correta. Em 1985 surge o USA For Africa com o baita hit “We Are The World” com um super time de cantores que eu conhecia dos clipes dos programas de clipes que eu vivia assistindo. Em 1987 surge um Michael Jackson bem diferente no clipe Bad. Além do sucesso do disco, muitas especulações começavam a virar rotina nos noticiários. Mas, a imprensa sensacionalista sempre foi podre e nunca dei ouvidos. Em 1988 na escola onde eu estudava, a um preço bem baratinho, surgiu uma sessão de cinema, num dia de semana e eu fui. Era o Moonwalker. Uma superprodução digna do Rei do Pop. Fui saber depois de alguns anos que o garoto japa do filme era Sean Lennon. Em 1991 o Dangerous foi um disco que eu já não acompanhei o lançamento, pois o lançamento foi em Novembro e Dezembro faria 1 ano do falecimento do meu pai. Então 1991 é um ano que eu não tenho lá muita lembrança do ano todo.









1993 e Michael vem para o Brasil
Se tem um show que eu me arrependo de não ter ido é o do Michael. Nessa época em 1993 eu trabalhava de Office Boy na esquina da Alameda Santos com a Ministro Rocha Azevedo. Trabalhava em uma gráfica e meu dia a dia era basicamente ir a bancos, retirar serviços de arte final para levar pro pessoal da gráfica, ou entregar cartões de visita, ou retirar plantas para fazer cópias de heliografia em uma máquina específica. Alameda Santos é onde fica o hotel na época chamado Sheraton Mofarrej. A cena que eu vi ficou gravada na minha memória. Em um dos meus serviços externos, eu precisaria passar por lá. Muitas pessoas lotando as calçadas dos dois lados, trânsito confuso, carro buzinando, fãs com pastas com recortes e fotos, nunca tinha visto ao vivo a não ser em documentários dos Beatles ou Elvis. Mas dessa vez era diferente, pois eu estava presenciando tudo isso. Bate-me um certo remorso de não ter ido ao show, ou por ter abandonado Michael como ídolo. Mas o Michael tem uma coisa como se dissesse “Não adianta se distanciar, cedo ou tarde eu estarei na área”. E tem sido assim como mencionei acima no filme Moonwalker na escola que eu estudava, perto do meu trabalho em 1993 e em 1994 casando com Lisa Marie Presley!!!  Todos sabem que sou fã de Elvis Presley. Muita gente falou mal, muita gente criticou, mas em uma revista um jornalista conceituado deu um depoimento que prometo trazer para vocês nos próximos dias. Até que em 25 de Junho de 2009 eu estava mal, não tinha ido trabalhar e minha namorada passou em casa a noite pois precisávamos ir não sei a onde fazer não sei o quê. Eu entrei no carro e ela disse: O Michael Jackson faleceu. Eu não tinha visto TV aquele dia, não tinha visto internet aquele dia, tinha passado o dia inteiro de cama. Aquela semana eu já senti o remorso que citei acima e saí comprando todos os jornais que chegaram até mim, revistas tributo e prestar mais atenção em sua obra. Sempre gostei muito do seu trabalho no Jackson 5, na era Thriller, Bad (que acompanhei), mas comecei a prestar mais atenção de Dangerous pra frente a partir daquele 2009. Gravei em VHS e depois consegui pelo you tube tudo o que noticiaram por aqui, da passagem dele pelo Brasil para gravar o clipe da canção “They Don´t Care About Us”.

Dez anos depois
Os meus dez anos da passagem dele começou na semana passada, quando eu já tinha a intenção de fazer um texto sobre o Thriller e fui procurar blogs sobre o Michael Jackson. Acabei encontrando alguns blogs, porém muitos pararam suas atividades alguns anos atrás, mas encontrei o blog Cartas Para Michael no endereço http://cartasparamichael.blogspot.com , blog que passei a seguir para ler tudo o que eu perdi de textos nesses anos todos, conhecer um monte de coisas que eu não conhecia. Blog que está na ativa até os dias de hoje, a propósito hoje está com postagens sensacionais. Corre lá. O conteúdo é riquíssimo e o blog já se encontra na barra lateral daqui do meu blog. Sucesso e vida longa ao blog Cartas Para Michael.
Hoje especificamente no dia 25 (termino esse texto por volta das 23:40) eu ouvi Michael na ida pro trabalho, durante o dia todo no trabalho, no meu status do zap eu só postei foto dele e ao chegar em casa coloquei algumas coletâneas Os Grandes Sucessos e a 16 Original Greatest Hits With Jackson 5, tá programado pra hoje assistir o Moonwaker e os Historys. Vida Longa a Michael!!!

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Rocketman - And I think it's gonna be a long long time (2019)



Dirigido por Dexter Fletcher (o mesmo diretor de Bohemian Rhapsody) Rocketman estreou no Brasil no último dia 30 de maio. O filme conta a história de Reginald Kenneth Dwight, artisticamente chamado Elton John. Um dos filmes mais esperados (desde o final do ano passado), da minha parte e da parte do amigo, leitor e praticamente sócio do Blog do Baratta o amigo/irmão Thiago Gonzalez. Um filme biográfico com consultoria do próprio Elton que conta sua história desde menino prodígio no Royal Academy Of Music, a banda Bluesology, sua parceria longa e duradoura com Bernie Taupin e os anos de estrondoso sucesso, sua luta contra as drogas e sua orientação sexual. No papel de Elton o ator Taron Egerton encarna o próprio Elton que estava nos sets de filmagem e praticamente se via no ator. Diferentemente do Bohemian Rhapsody, onde a voz do ator Rami Malek foi substituída pela voz do cantor Marc Martel, quem fez as vozes de Elton cantando foi o próprio Taron Egerton. Aliás, Rocketman foi dirigido por Dexter Fletcher, o mesmo diretor de Bohemian Rhapsody que lotou as salas de cinema no final do ano passado. Uma das características de Elton além da voz, musicalidade, da produção de seus discos, de sua fiel banda, dos seus shows, sempre foi o figurino extravagante que em Rocketman tem uma riqueza imensa de detalhes. O filme é excelente e, como eu postei esses dias no status do meu whats...
“Um puta filme, se não viu, vá ver. Se já viu vá ver de novo”.
Como vídeo selecionei o trailer, Elton nos Muppets e no Central Park em 13 de Setembro de 1980 em que ele aparece nas duas últimas músicas vestido de Pato Donald. Sim!!! Você leu isso mesmo. Ele aparece nas duas últimas músicas vestido de Pato Donald.







                                                            
Cinebiografias geralmente são bem vindas pelo público. Logicamente quando o espectador é um fã que conhece tudo da carreira, vida e obra do artista, sempre vai assistir com um olho mais clínico e apontar erro e concordar com o que é passado na telona. Esse ano saiu o filme sobre o Erasmo Carlos, mas confesso que esse eu perdi. Tem o filme sobre o Tim Maia que muita gente, inclusive eu, não gostou. Desde o ano passado já se fala em um filme sobre David Bowie, mas até agora nada. Por volta de Junho do ano passado (2018) muito se falou que o rapper Dr. Dre estava produzindo um filme sobre Marvin Gaye. Bem que poderiam ser produzidos filmes assim sobre Michael Jackson e Frank Sinatra. O jeito é esperar.  








sábado, 18 de maio de 2019

Nós Vamos Invadir Sua Praia - Ultraje a Rigor (1985)



Eu nasci em 1974 em São Paulo. Meu interesse por disco, música me levaria a querer aprender a tocar algum instrumento. Meu pai me deu um violão, meu tio me deu uma guitarra, mas até aprender mesmo demoraria alguns anos (acordes era uma coisa muito complicada pra mim). Mas com o objetivo de “tocar na missa” fiz algumas poucas aulas e fui lançado no “altar” no melhor estilo “amanhã eu não vou poder ir, está aqui a pasta de cifras”, mais popularmente conhecido como “se vira”! Eu sempre curti ser “rato de ensaio”, na minha rua tinha uma banda que ensaiava, compus até uma letra com uns oito anos e o pessoal da banda pegou o tom, vai saber em que porra de tom que eu cantava e tenho a lembrança de cantar essa música com a banda tocando o meu rock mirim musicado. Não, não tem imagens disso, na época não tinha celular, quem tinha filmadora era rico e isso deve ter sido por volta de 1982, com margem de erro para um ou dois anos a mais.
Assim como eu já falei aqui sobre o meu primeiro disco de rock pesado internacional foi o “Creatures Of The Night” do KISS, https://blogdobaratta.blogspot.com/2012/11/kiss-creatures-of-night.html , o meu primeiro disco de rock nacional foi o “Nós Vamos Invadir Sua Praia” lançado em 13 de Julho de 1985.
A única coisa que eu me lembro é da minha madrinha estar em casa e devia ser meu aniversário, ocasião que ela perguntou o que eu queria ganhar de presente. Eu falei “disco”! Não me lembro do valor nem como escolhi o do Ultraje, mas lembro de que foi em uma loja perto de casa. E a minha saudosa Telefunken Linfomat tocou esse disco a exaustão. Esse é um dos discos até hoje que eu ouço sem pular uma faixa. Eu estava em um período em que tinha acabado de entrar no hoje “6º ano” antiga “5ª série” ou ginásio. Estava em formação e era a primeira vez que fiz a tal 5ª série, tá bom, fiz mais de uma vez, mas não vem ao caso. O impacto desse disco, pelo menos na minha vida, foi tão grande que hoje pesquisando sobre rock nacional, fiquei contente em saber que esse disco que foi tão importante pra mim foi o primeiro disco de rock nacional dos anos 80 que teve uma venda absurda, alavancou de vez o rock nacional e abriu os olhos da mídia da época para as bandas nacionais.
O Ultraje já vinha se destacando com os compactos “Inútil”/”Mim Quer Tocar” e “Eu Me Amo”/”Rebelde Sem Causa”, mas foi com esse LP que as coisas realmente melhoraram para o rock nacional. Irreverência e letras bem sacadas não é uma exclusividade do Ultraje, embora não fosse uma banda somente de rock, o Língua de Trapo já havia lançado o disco Língua de Trapo em 1982 e Como É Bom Ser Punk em março de 1985. Mas “Nós Vamos Invadir Sua Praia” foi até as últimas consequências. A faixa que dá título ao disco era um recado ao cenário  carioca onde muitas bandas vinham se destacando, como Roger disse “as rádios estavam lá, as emissoras de TV estavam lá no Rio de Janeiro”. Isso na mídia, porque casa noturna pra tocar em São Paulo, no começo dos anos 80, era o que não faltava. Aliás, quem teve a sorte de ter seus 18 ou 20 anos na primeira metade dos anos oitenta e fosse músico, se deu bem. O disco foi produzido por Pena Schmidt e Liminha. Foi o primeiro disco de rock nacional a ganhar disco de ouro e platina.

O trecho a seguir é do livro “Músicas, Ídolos e Poder – Do Vinil Ao Download” escrito por André Midani (Executivo da indústria fonográfica) Edição WEB Versão disponível na internet em 2013. Lançado pela editora Nova Fronteira em 2008. O livro estava a disposição no site andremidani.net (site criado pelo próprio André Midani) o site não está mais no ar, mas eu baixei na época.

“Querendo retomar a dianteira sobre nossos concorrentes, ainda no início da década de 1980, chamei o Liminha, que eu acabara de promover a diretor artístico da Warner, e o Pena Schmidt, contratado para a mesma posição em São Paulo, para traçar um plano de ação. Decidimos fazer o que melhor sabíamos: ir para a rua e descobrir novos talentos
aos quais ninguém prestava atenção, e, assim, surpreender e reconquistar um lugar decente no mercado. Eles saíram à luta, visitando os botecos da vida, os bares e os galpões de São Paulo e do Rio. Liminha, por ser um extraordinário músico, e Pena, por ser um “rato da noite”, encontraram rapidamente o que estava diante dos olhos de todos, mas ninguém via: roqueiros de nomes estranhos, como Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Ultraje a Rigor,Titãs do Iê-
Iê, Ira!, Camisa de Vênus, Kid Vinil, e, posteriormente, o Barão Vermelho. Kid Abelha e Lulu Santos foram os primeiros sucessos que deram à companhia uma nova alma e a confiança de haver descoberto artistas para uma nova geração de público jovem.
Eu adorava a esplêndida sátira “A gente somos inútil”, do Ultraje a Rigor, tão adequada na época, e tão adequada ainda hoje, e carregava uma fita cassete com a gravação para todo lugar — a trabalho ou para a casa de amigos. Lembro-me, em particular, de uma noite de aniversário na casa do Thomaz Souto Corrêa, que reunia um ótimo grupo.
Lá estavam Walter Clark e outros que não acharam a menor graça ao ouvir o incrível discurso do Roger, líder da banda. Eu percebia em seus olhares:“Coitado do André, realmente perdeu a cabeça... Dessa vez, ele se fodeu de verdade...” Só o Washington me pediu uma cópia da gravação e a entregou ao radialista Osmar Santos, que dirigia o comício das “Diretas Já” em 1984.
Depois de meses de trabalho frustrante, a música começou a tocar em Porto Alegre. Logo depois, estourou em Curitiba. Nesse ínterim, Osmar Santos fez de “Inútil” a trilha sonora de seu programa de rádio e, um belo dia, entregou a fita nas mãos do Ulysses Guimarães, que, com a sensibilidade estranhamente jovem para um homem de sua idade, entendeu o que pessoas mais sofisticadas não perceberam: a importância do discurso do Roger. Ulysses tocou a fita em plena sessão do Congresso Nacional e fez dela um dos seus mais virulentos discursos contra a apatia dos políticos e do sistema.Afinal, como por milagre, todos entenderam. E a música estourou pelo país inteiro!

Se irreverência e letras bem sacadas não era exclusividade da banda, me atrevo a dizer que o Ultraje foi a primeira banda a dizer tudo que queria em disco. Se por um lado o apresentador Flavio Cavalcanti quebrou o disco que tinha a música “Inútil”, a música acabou se tornando marca registrada do momento Diretas Já. Ulysses Guimarães tocou a fita em uma sessão no Congresso Nacional. “Ciúme” foi cantada por Roberto Carlos em seu especial de natal de 1985 ao lado de Ultraje a Rigor que, por sua vez cantaram “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”.  “Jesse Go” fala das celebridades instantâneas, a música é tão atual que é possível fazer uma conexão com os dias de hoje em que um imbecil qualquer “basta participar de um reality show” e se torna a celebridade do momento, mas que se atrapalha “com a própria glória e some da memória”. Lembro de eu escutar o disco com meus pais em que eles riram na frase “...me dão dinheiro pra gastar com a mulherada” da canção “Rebelde Sem Causa”...  será que eles pensaram que esse era o tipo de música que eu iria escutar dali em diante? “Mary Lou” sempre me chamou atenção porque não é apenas uma música de letra engraçada e de duplo sentido, ela tem o instrumental perfeito, e a produção não esqueceu nada ao criar o clima de faroeste. “Zoraide” fala da namorada grudenta e do cara que “...essa história de uma só, Zoraide tenha dó, eu quero mais é variar”. “Eu Me Amo” fala do amor próprio bem ao estilo Ultraje. “Independente Futebol Clube” foi gravada ao vivo. “Mim Quer Tocar” antes do povo falar “mim adiciona” o Ultraje já previa que a língua portuguesa, principalmente no internetês, seria falado assim. Há também a alfinetada política “Mas mim também quer votar, mim também quer ser bacana”.  Eu acompanhei a carreira do Ultraje até o disco "Por Que Ultraje A Rigor?" de 1990. Por volta de 2009 os vi no Sesc Santo André. A formação atual hoje conta com Roger (guitarra e vocais), Bacalhau (bateria), Mingau (baixo) e Marcos Kleine (guitarras). Hoje em dia o Ultraje está no talk show The Noite com Danilo Gentili no SBT. 


Ficha técnica:

Gravado em Abril de 1985
Lançamento: Julho de 1985

Todas as músicas músicas são de autoria de Roger Moreira, exceto onde indicado.
Lado A
01.   Nós Vamos Invadir Sua Praia
02.   Rebelde Sem Causa
03.   Mim Quer Tocar
04.   Zoraide
05.   Ciúme

Lado B
01.   Inútil
02.   Marylou (Edgard Scandurra/Maurício/Roger Moreira)
03.   Jesse Go (Maurício/Roger Moreira)
04.   Eu Me Amo
05.   Se Você Sabia
06.   Independente Futebol Clube


Na revista Bizz número 03 vinha o Trailer Disc com uma entrevista com o Ultraje. 








                              No Programa Fábrica do Som com Barone na bateria.