quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ô legal, cê toca é?





Essa é uma das frases mais ouvidas pelas pessoas que tocam algum instrumento. Ainda tem a frase “Ah, eu queria / sou apaixonado / meu sonho é tocar violão”. Vou falar hoje um pouco sobre músicas, mais especificamente sobre violão. A história de quase todo mundo que toca é mais ou menos parecida.
·         Ah, tinha um violão velho lá em casa
·         Meu vizinho tocava
·         Meu amigo da escola tocava
No meu caso, eu comecei a participar do grupo de jovens da igreja católica com meus 14 ou 15 anos e na igreja tinha várias pessoas que tocavam. E começou a ter aulas numa noite da semana. E um belo dia eu estava tocando “Marcha Soldado”, com certa ausência de desenvoltura pra montar o Ré e o Lá. Decorar o que era o sistema de cifras pra mim ainda era algo difícil, afinal, porque raios o D era Ré e não Dó? Mas eu me cobrava, pois tocar violão era uma coisa que eu queria. Naquilo era meu dever me dar bem, já que até os 15 anos eu não era o aluno exemplar da escola, ou seja, era ruim em tudo. Era ruim empinando pipa, jogando taco, jogando botão, mas no violão havia possibilidade de eu me dar bem. Já que a música era mais presente em minha vida que futebol, ou qualquer outra atividade. Tinha um professor, o mesmo cara que tocava na missa, talvez num primeiro momento não tivesse manifestado em mim uma vontade de tocar na missa, mas com o tempo pensei: Oh, tocar na missa! Esse professor também tinha banda (sim, já chamava de banda e não conjunto) hehe. Eis que um dia um sábado ao chegar na casa dele pra ver um ensaio da banda, ele me entrega um violão e pasta emprestados dizendo que ia tocar na praia e se eu poderia tocar na missa que era no dia seguinte. Corri na igreja no sábado ainda, falei com meu padrinho e expliquei. O clima que ficou no ar é: FUDEU!
E assim lá fui eu tocar na primeira missa por volta de 1989. Quando está começando ser amigo de alguém que também está começando ajuda muito. O irmão Sérgio, praticamente cresceu junto sempre tocando. Tocávamos junto com os discos dos Beatles, bom, pelo menos tentávamos.
O que ajudava muito a gente naquela época eram as revistas de cifras que vendiam na banca. A maioria VIOLÃO & GUITARRA, ou a VIGU traziam músicas de vários estilos e épocas, ou as vezes vinha uma edição inteira sobre um artista ou banda.
Em algumas revistas com músicas em inglês vinham a letra, os acordes (notas) a tradução e a pronúncia. 



Hoje a internet, se não matou, está matando aos poucos a mídia impressa. Hoje existe vídeo-aula (o que eu acho que não resolve muito) pois o professor do vídeo, ele não espera você aprender tal acorde, uma levada, ritmo... o vídeo simplesmente corre, a não ser que você dê um pause. Ainda encontram-se revistas com cifras em bancas, tem gente que coleciona essas revistas, ou que guardaram, enfim... elas ainda existem por aí.
Se o leitor pretende um dia tocar violão, vá em frente, não desista. Agora, uma coisa que me ajudou muito foi a paciência e compreensão das pessoas em volta. Geralmente quem está começando pergunta: como está? Se o ouvinte for uma pessoa compreensiva, na certa vai responder: Poxa, você andou treinando? Tá melhor que a última vez. Caro futuro músico: desconfie. Se cobre cada vez mais, sempre busque ultrapassar seus limites. Não, não quero com isso transformá-lo em um neurótico igual a mim.
Mas dou umas dicas, arrume as cifras do disco “As Quatro Estações” do Legião Urbana e todos dos Beatles.
Agora passear pelo facebook ás vezes pode ser engraçado!
FONTE DESSA IMAGEM: rockeoutrasdrogas.blogspot.com






FONTE DESSA IMAGEM: rockeoutrasdrogas.blogspot.com

Música lava a alma! Pense nisso!
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Blog Música do Brasil - Blog dos Manos e das Mina






Um belo dia... tá, foi de madrugadão! Nas minhas andanças pela internet acabei acessando o blog do Everaldo sobre música brasileira. A música brasileira é muito rica e muito diferente de muita coisa existente no próprio Brasil e no mundo.
Já tivemos Tom Jobim, Chico Buarque, Orlando Silva, Dolores Duran, Peninha, Jessé, Marcio Greyck entre tantos outros compositores e intérpretes maravilhosos.
O Blog Música do Brasil é uma verdadeira fonte de informação sobre os nossos intérpretes e compositores. O Everaldo também é músico e no blog há uma foto dele ao lado do maestro Eduardo Lages (compositor e maestro do Roberto Carlos).
No último dia 08 de dezembro de 2013 o blog completou 6 anos de existência. Eu sigo o blog pelo menos há um ano, estou sempre lendo as postagens e atualizações.
Longa vida ao blog Música do Brasil e um forte abraço ao amigo Everaldo.

Blog Música do Brasil

domingo, 5 de janeiro de 2014

Janis Joplin - Pearl Sessions e Janis The Movie



Janis Joplin - The Pearl Sessions (2012)

CD1:
01 - Move Over
02 - Cry Baby
03 - A Woman Left Lonely
04 - Half Moon
05 - Buried Alive In The Blues
06 - My Baby
07 - Me And Bobby McGee
08 - Mercedes Benz
09 - Trust Me
10 - Get It While You Can
11 - Me And Bobby McGee (Mono single master)
12 - Half Moon (Mono single master)
13 - Cry Baby (Mono single master)
14 - Get It While You Can (Mono single master)
15 - Move Over (Mono single master)
16 - A Woman Left Lonely (Unissued mono mix)

CD2:
01 - Overheard in the Studio
02 - Get It While You Can (take 3 - 7.27.70)
03 - Overheard in the Studio
04 - Get It While You Can (take 5 - 7.27.70)
05 - Overheard in the Studio
06 - Move Over (take 6 - 7.27.70)
07 - Move Over (take 13 - 7.28.70)
08 - Move Over (take 17 - 7.28.70)
09 - Me And Bobby McGee (demo version - 7.28.70)
10 - Me And Bobby McGee (take 5 - alternate - 7.28.70)
11 - Cry Baby (alternate version - 9.5.70)
12 - A Woman Left Lonely (alternate vocal - 9.9.70)
13 - Overheard in the Studio
14 - My Baby (alternate take - 9.9.70)
15 - Overheard in the Studio
16 - Get It While You Can (take 3 - 9.11.70)
17 - My Baby (alternate take - 9.24.70)
18 - Pearl (instrumental - 10.10.70)
19 - Tell Mama (LIVE - 7.28.70)
20 - Half Moon (LIVE - 8.3.70)

Não há como falar de Janis Joplin sem mencionar excessos. Não, não irei aqui comentar os excessos que todos já conhecem ou já ouviram falar. Mas vale a pena lembrar que Janis foi igual a um meteoro que passou pela Terra, estrela que subiu bem rápido, que trabalhou bastante, que em três álbuns tocou com três bandas diferentes e que cada vez que é mencionada em redes sociais recebe um grande número de manifestações e comentários por parte dos fãs.
Como eu conheci Janis Joplin
Foi através do filme do Monterrey Pop Festival, onde ela tocava ainda com o Big Brother and Holding Company cantando Ball In Chain. A apresentação é a do último dia, deixa todo mundo de boca aberta, nunca alguém tinha cantado daquele jeito. No vídeo é possível ver a Mamma Cass Elliot literalmente de boca aberta. Albert Grossman também tinha ido ao Monterrey e foi nesse ponto que o Big Brother assinou contrato com Grossman, isso levou a assinarem contrato com a CBS, a gravar o primeiro real LP o Cheap Trills, que foi como eu conheci Janis em disco, etc.
Mas venho aqui para falar um pouco desse cd “Janis Joplin – The Pearl Sessions” é exatamente o que o título propõe. As sessões de gravação do último álbum de Janis. No primeiro cd as canções que já conhecemos, da forma como conhecemos, acrescentado dos másteres em mono das canções. O segundo cd é algo que não dá pra ouvir uma só vez e seguir a vida normalmente. É o mesmo que ter a oportunidade de estar junto a Janis e a banda Full Tilt Boogie Band, produzido por Paul A. Rothchild que trabalhou com os Doors, Joni Mitchel entre outros. No segundo cd é possível ouvir a comunicação entre o produtor e Janis e ouvir uma “Mover Over” tomando forma, ou o riso espontâneo de Janis em “Cry Baby”. Em “Me and Bobby McGee” do cantor, compositor e namoradinho de Janis, Kristoffer "Kris" Kristofferson Janis é acompanhada apenas por seu violão.
Cry Baby


Move Over


O cd vem acompanhado de um excelente encarte explicativo contando tudo que rolou nas gravações.
O lançamento é da Sony Legacy.  



Aproveitando o meu momento em que estou ouvindo bastante a Janis, aproveitei pra assistir novamente ao filme “Janis – The Way She Was” de 1974 dirigido por Howard Alk com assistência de Albert Grossman, empresário de Janis. Até onde eu andei pesquisando, o filme não foi lançado oficialmente em DVD. O que existe por aí são cópias digitalizadas a partir do VHS. O filme é praticamente um documentário onde podemos ver Janis ao Vivo, gravando o álbum “Cheap Thrills”, seu real primeiro disco com a Big Brother. O produtor chama a banda para escutar o que gravaram e Janis ouve os primeiros acordes e embarca numa conversa, brinca até que o produtor chama atenção e ela pára. Não dá cinco segundos ela começa de novo, ela era muito moleca. O filme também tem entrevistas, apresentação no programa do Dick Cavett, porém não está inteira e não tem todas. Para o fã mais neurótico (como eu) eu precisaria indicar pelo menos mais uns dois DVDs e um filme. Mas isso fica para uma próxima postagem em breve.
Em breve comentarei sobre os outros dois LPs “Cheap Trills” e “Kozmic Blues”.

Vida Longa a Janis Lyn Joplin.