quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O Disco Chico Total de 1980



Nos anos 80 muito se ouvia falar nos discos de piada. Ainda lembro quando tive contato com os primeiros que foram os do Ary Toledo, Chico Anysio e Juca Chaves. Quando falamos de humor no Brasil, a palavra humor pode ter vários e vários significados. Pra começar, o velho jargão que o Brasil é o país da piada pronta. As piadas nos anos 70 e 80, analisando hoje em dia, eram mais inteligentes. O texto tinha uma sequência e uma concordância bem mais do que o “povin” que brinca de fazer stand up hoje em dia e precisa apelar para conseguir certa atenção para suas narrativas onde contam suas desgraças em um microfone. Hoje em dia hoje também vivemos uma “censura” em uma era do “politicamente correto” onde não se pode mais satirizar nada, não se pode mais fazer piada com nada, mas contraditoriamente pode se ver meninas de qualquer idade com um short enfiado a onde o sol até uns anos atrás não batia, dançando os pancadões em qualquer esquina, ou então engolir uma ideologia de gênero sendo imposta e tomar cuidado “pro bebê não chorar” porque amamentar na rua pode dar até cadeia. Bom, voltando aos discos de piada, um que sempre me chamou atenção foi esse do Chico Anysio. Humor inteligente, sem apelação, um ou outro palavrão tá certo, mas até a forma como o palavrão foi inserido no texto é algo que não se vê, ou melhor, não se escuta mais hoje em dia. O áudio desse disco você pode conferir no vídeo abaixo. Vamo rir, porque levar o mundo a sério tá osso. 

Textos de Chico Anísio, Arnaud Rodrigues, Ziraldo, Haroldo Barbosa, Max Nunes, Millôr Fernandes, Nelson Torto, Marcos Cesar e Roberto Silveira.
Vinhetas: Laércio de Freitas
Improviso: Laércio de Freitas e Chico Anísio
Gravado ao vivo no Cine Show de Madureira - Janeiro de 1980
Produzido por Benil Santos
Direção Artística: Sérgio Cabral
Atlantic/WEA, 1980


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

40 anos de CHiPs

 



Passeava com a namorada por Long Beach, mais conhecida como Praia Grande, numa ideia de (ir ali nos lojinha), quando de repente ao estar em um stand de um mini-shopping eu vejo a capa desse DVD de longe. Não apenas um, mas seis DVDs do seriado que eu assistia quando era moleque, tá bom, ainda sou moleque. CHiP´s (California Highway Patrol) talvez venha daí o meu interesse por armas, embora dá pra contar nos dedos as vezes que vi o Erik Estrada como Francis (Frank) Llewelyn "Ponch" Poncherello ou o Larry Wilcox na pele do oficial Jonathan Andrew "Jon" Baker usando os berros que eles carregavam. Colocar o primeiro DVD foi como voltar no tempo, no início dos anos 80 quando o seriado era transmitido pela Record, que pegava em casa graças as antenas com bom bril na ponta. O seriado fez bastante sucesso no Brasil, pelo menos na minha casa era campeão de audiência e eu não perdia um episódio. Geração de hoje que acompanha as Walking Dead ou a “Guerra das Privadas” jamais saberão como era acompanhar série nos anos 80. Uma das principais características é que os episódios tinham histórias com começo, meio e fim. Caso perdesse algum episódio, era possível assistir outro sem ficar perdido em virtude dos últimos acontecimentos de episódios perdidos. Ou esperasse uns 30 anos para comprar em DVD num passeio pela praia. A série era baseada nas aventuras de dois patrulheiros da Polícia Rodoviária da California. O garganta Poncherello, o “certinho CDF” Jon Baker, Robert Pine como Sargento Getraer, que comandava a central e ficava de cabelos “que já não tinha tanto” em pé com as pisadas na bola do Poncherello, esse era o trio mais em evidência do seriado. A série foi transmitida pela NBC de Setembro de 1977 a 1 de Maio de 1983. Portanto, o seriado completou 40 anos da primeira transmissão no dia 15 de Setembro de 1977. Em julho de 2016, o ator Erik Estrada (Poncherello) se tornou policial de verdade na cidade de St. Anthony (Idaho) (EUA) onde faz parte de uma força tarefa que investiga crimes na internet contra crianças.