segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ERASMO CARLOS



No dia 19 de março desse ano no SESC de Santo André, haveria o show do Erasmo Carlos no espaço de eventos onde em novembro do ano passado eu tinha assistido a banda Ultraje a Rigor. Bom, o show do Erasmo já tinha começado quando eu cheguei, tudo porque me perdi no caminho, cheguei com pelo menos meia hora de show começado. Mas curti as músicas e pensando que jamais teria a chance de ver o cara que escreveu com o Roberto praticamente a trilha sonora da minha vida.

Passados alguns dias eu vejo que o Erasmo pegaria seis datas no SESC novamente, dessa vez na unidade Belenzinho. Lá eu já tinha assistido ao show do Lobão muito legal também. Na pressa de sair de casa, acabei esquecendo o livro Minha Fama de Mau, livro aliás que eu recomendo a todos que gostam do Erasmo. O texto dele é de um ritmo legal, contagia e a cada página, o leitor fica ansioso de ler a próxima, pois são tantas aventuras, tanto humor em suas palavras, é um dos meus livros de cabeceira.

A última data seria dia 21 de maio de 2011. Saí na pressa, sem pegar o livro, sem pegar caneta, mas na esperança de chegar perto do palco, apertar a sua mão e que ele visse que eu tava com a camisa do Elvis Presley, seu ídolo também. No dia eu mesmo estava gripado, mas para lá me dirigi e assisti ao show, dessa vez mais perto do palco que na unidade de Santo André, o som melhor, a possibilidade de transitar perto do palco, tudo corria bem. Ao final do show, a última música, lá fui eu pra frente com o celular da namorada em punho, e... dá licença, ops desculpe, dá licença aqui, obrigado... mais duas ou três pessoas lá estava eu no cordão de isolamento com aqueles ferros que os unem, e da um toque com o pé pra frente, mais um pouco, mais um pouquinho.. quando o Erasmo se despedia do público andando de um lado para o outro, apertou a mão de quem na frente do palco estava, inclusive a minha.

Terminado o show, lá fui eu pro lado esquerdo do palco, junto com mais umas dez pessoas e peguei um assistente de palco, já estavam desmontando toda a aparelhagem.. lá fui eu com o meu discurso de tietagem de primeiro grau: Moço, eu podia estar roubando, podia estar matando, mas estou pedindo, dei um sorriso e disse: Eu conseguiria tirar uma foto com ele? Vim de longe só para o show e... enquanto eu falava o cara disse: Dá uns cinco minutos. Eu to sem acreditar nisso até hoje, outubro.

E eu olhando para trás porque a namorada foi pagar o estacionamento, foi ao banheiro... e daqui a pouco, veio um rapaz e disse: olha vamos subindo de cinco em cinco, e vocês vão para a ante sala do camarim... não cabia em mim tanta felicidade. Para completar, todo o pessoal com cd na mão, capa de disco de vinil, e o meu livro em casa, meu disco em casa, por mais que eu quisesse não dava tempo de falar que eu morava a cinco quarteirões dali, ou será que... ah, deixa para lá. Na ante sala do camarim, mesa com quitutes, lanchinho, uma fã que já devia ter ido lá outra vez também comia, eu que normalmente não perdôo essas coisas, se vejo uma mesa dessa, vou traçando de tudo um pouco me comportei direitinho. Ainda como não tinha terminado a aventura, poxa, minha mina ficou pra trás, não era justo, arrisquei perder de entrar no camarim e fui buscar ela... Voltando lá, eis que eu entro e Erasmo de braços abertos, ele que me fala: Po bicho, obrigado por ter vindo. Tão humilde, tão gente boa, tão boa praça, que a gente que fica sem jeito perto dele. O Erasmo é muito simpático, atencioso, uma coisa inacreditável, mas o melhor estava por vir. A caneta eu já tinha conseguido. Mas onde eu iria pedir o autógrafo? Na camiseta do Elvis.

Ele falou: Pô bicho, do Elvis? E autografou com o maior cuidado do mundo procurando escrever nas partes brancas da estampa.

Esse show ficou para a história.

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