A tecnologia anda me enchendo o saco. O celular apita que tá
com a bateria fraca. Pronto, lá vou eu levantar da onde estou pra pegar o
carregador e alimentá-lo na tomada. Celular esse que me impediu de tirar uma
foto, pois não tinha espaço na memória. Mas aí é fácil, é só comprar um cartão
de memória ou usar o da câmera fotográfica digital. Mas até aí, eu pegar o
cartão da câmera para colocar no celular? Ah, deixa pra lá, afinal, posso tirar
a tal foto depois. Não, o celular não entra na internet, sendo assim não fico o
tempo todo no ônibus vendo o que se passa na net, quem postou a última
frasesinha de efeito com suas hastags e tudo mais. Aliás, eu precisava mesmo
era sumir da internet, praticamente um período de abstinência. O Word do
computador sublinha a palavra que eu escrevi errado. O mp3 player, esse tá aqui
do lado. Sinceramente nem lembro a última vez que coloquei música nele, músicas
diretamente do computador pra ouvir na rua. Que para isso basta pegar um cabo
USB e conectar um ao outro... Mas lembrei que estou usando o carregador do mp3
que serve para carregar o celular, só que com outro fio.
Esses dias peguei a pilha de DVD pra ver se tinha algum
filme ou coisa parecida que eu ainda não tinha assistido, me interessei por um
filme que eu tinha baixado há muito tempo. Fui colocar a mídia no DVD e deu
erro, pois o filme estava em um formato de arquivo incompatível com o DVD
player. Ah, mas tá fácil. Tenho um programinha no computador que converte pra
um formato que não dará erro. Então deixa ver se eu entendi: Pra ver esse filme
eu vou ter que jogar ele para o computador, usar o programa pra converter,
depois jogar em um pen drive pra ver se roda no DVD? Já perdi a vontade de ver
o filme.
Ah sim, tem as fotos do fim de semana que ficaram legais.
Basta eu pegar aquele cabo USB pra passar pro computador, dar uma
redimensionada aqui, um corte ali e salvar naquela pasta que já tem mais de
1000 fotos?
Onde toda essa tecnologia vai parar? Hoje em dia o celular
tem praticamente tudo em um único aparelho. E o que tenho visto são pessoas
praticamente escravas do celular. Numa mesa de bar com duas pessoas ou mais, já
é praticamente (normal) ver as pessoas cada uma olhando para o celular na mão e
dando uma rápida olhada pra pessoa ao lado e dizer: Pera, peraí, pode falar que
eu to escutando.
Como diria os mais antigos: Tô falano cas parede?
Não estaria eu fazendo uma apologia para uma volta ao tempo
das cavernas: Comprar um filme de 24 ou 36 poses, tirar as fotos, levar pra
revelar, ou então andar com um walkman e gravar numa fita as mais mais das 15
mais, nem ir à vídeo locadora mais próxima de você, pois garanto que você não
vai achar mais nenhuma nos dias de hoje. Mas chamo atenção para o acúmulo de
arquivos e ao mesmo tempo afazeres que podem nos deixar meio tontos, no meu
caso um pouco mais além do que já sou.
Eu já fiz uma listinha intitulada “O que tirar do
computador” pra salvar em mídia. A pergunta que fica é: Pra ver sabe se lá
quando? Enrolado do jeito que eu sou não vai ser muito difícil responder.
Entre tantas perguntas sem respostas (se o leitor tiver
alguma solução, por favor, me fala nos comentários) como primeira solução, me
deram uma ideia. Ah, coloca tudo em um saco de pequeno porte, pelo menos vai
organizar e tals. Resultado: mais um trambolho em minha vida que carrego pra
cima e pra baixo na minha inseparável mochila. Aí vem outro contra tempo.
Morando em São Paulo (cidade onde se vive as 4 estações do ano no mesmo dia)
tem que levar o óculos de grau, óculos de sol, guarda chuva, blusa de frio, o
livro da vez, marmita, moedas de troco do cigarro, do ônibus, etc e agora o
pote com o fio USB que alimenta o mp3, o fio USB que alimenta o celular...
Não me limitando ao uso dos aparelhos, cabos e carregadores
do dia a dia, outra coisa me faz parar pra pensar um pouco: O festival de
controle remoto! Em uma sala, geralmente até um bom tempo atrás precisávamos de
um controle pra TV e outro para o vídeo cassete. Hoje em dia é um pra TV, outro
pro DVD, outro pra TV a cabo e outro pro Home Teather. Ah, mas a organização
não nos deixariam sozinhos nessa. Eis que inventaram o organizador de controle
remoto que pode ficar na estante.
Aí eu penso: das duas uma. Ou eu trago o
organizador para o sofá junto comigo porque não tem funcionalidade eu ter que levantar
pra pegar o controle tal. Eis que rodando na internet a gente acha de tudo um
pouco. Ou desmonta uma sapateira velha, ou faz um igual esse aí da foto.
Como última indagação, ainda na categoria controle remoto,
eu gostaria de saber para quê existe o botão eject no controle remoto do DVD.
Fotos: Organizador de controle remoto no sofá http://santoretalho-patchwork.blogspot.com.br/2011/02/organizador-de-controle-remoto.html
Organizador de controle remoto caixa
rsrsrsrs muito legal a postagem Baratta. Eu sinceramente ainda não me adaptei por completo nessa tecnologia do dia a dia. Prefiro muito mais o tempo em que vivíamos muito bem sem tudo isso. Hoje as pessoas mal se falam olho no olho; não vemos mais crianças brincando na rua; grupos de amigos batendo papo no portão... Acho muito triste! Mas o mundo é assim, e cada dia vai ficar pior.
ResponderExcluirUm grande abraço :)
Pois é Simone, vc disse uma coisa bem legal, não vemos mais crianças na rua, pessoal conversando no portão... todo mundo está cada vez mais individualista. No facebook particularmente, se tem uma coisa que me chama atenção é postagem de vó coruja. Mas uma dessas me chamou atenção um dia desses. Uma vó coruja, tirou foto e postou algo como: Tarde de domingo. Postou a foto de dois netos, (a postagem foi no horário da tarde) os dois ainda de pijama rs, sentados na cama: Um com um tablet e outro com um net book. Na hora me bateu aquele pensamento de: Hoje a coisa tá assim? E daqui pra frente como será?
ResponderExcluirBeijo Baratta
É assim pode até já ter uma versão top pronta, mas antes vão desenvolver uma que não seja "aquilo tudo", soltando aos poucos a novidade, fazendo as pessoas consumirem e gerarem cada vez mais lixo eletrônico. E sim, não há volta, conversas na calçada? Namoros em bancos de praça? Não, desista, até a maioria dos aniversários hoje se resumem em: vamos nos reunir no bar tal... E assim nos resta a nostalgia, a outros nem saberão do que se trata.
ResponderExcluirPerfeito Djair, o encontro físico virou coisa do passado haha. Daqui a pouco vai ser: Ô amigo, to com saudade. Aí o amigo responde: Liga o Skype. Poxa, mas eu moro na rua de cima hahaa
ResponderExcluirTudo culpa da "trecologia", e pensar que até bem pouco tempo atrás eu nem tinha celular e hoje estava lendo seus últimos posts no bus enquanto voltava, chega uma hora que alguns desses aparelhos se tornam inevitáveis.
ResponderExcluirAbraço, mano!
(trecologia) perfeito mano rs. Esses aparelhos ultra super mega blaster modernos... como diriam o Dr. Chapatin: Me dão coisas! haha
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