Não bastasse as mídias de música migrarem do analógico pro digital, a
TV também teve o seu sinal analógico desligado e começou nesse ano a
transmissão por sinal digital. Pô, eu sou do tempo em que a antena ficava no
telhado e alguém subia e ficava gritando lá de cima, e agora? Melhorou? E a
pessoa de dentro de casa respondia: Agora tá tudo chuviscado, opa, péra,
melhorou, melhorou... Isso me lembra o filme do Jerry Lewis “Rock-A-Bye-Baby”,
no Brasil “Bancando A Ama Seca” em que Jerry Lewis dá vida ao personagem
Clayton Poole que trabalha como antenista. Ou então o Ursulão da Turma do Pica
Pau dizendo para a família que “não ia gastar 25 pratas para alguém instalar
uma antena no telhado”, concluindo que “eu mesmo vou fazer isso” dando início a
uma sucessão de trapalhadas que toda vez que assisto ao episódio, acabo rindo.
Também sou do tempo do bom bril na ponta da antena interna. Nunca tive sorte
com esse item! A localização das casas que eu morei, a posição da antena, (não,
péra!!! A avenida Paulista tá pra lá...)
e colocava a antena em direção sabe-se lá pra onde. Nos anos 80, tarde da noite
ainda era possível assistir alguma coisa que prestasse, como um filme, ou uma
entrevista, ou saber do que acontecia no Brasil e no mundo... Ok, tudo isso
existe até hoje em dia. Mas o formato de programação no geral eu vejo como
saturado hoje em dia. O plim plim continua insistindo na fórmula que o mais importante
da vida do telespectador é a novela. Telejornais cada vez mais reduzindo o
tempo das notícias, programação infantil praticamente inexistente e como se não
bastassem as novelas, séries e minisséries com a mesma turminha das novelas,
preenchendo quase 90% de toda a grade. Emissoras de propriedade de igrejas
evangélicas, passou de certa hora é só testemunho de gente que tava morando na
rua e de repente recebeu o pagamento de uma dívida antiga e reergueu a empresa,
tem carro importado e os filhos já estão estudando na Europa. A TV aberta hoje
em dia está uma lástima. Da TV paga então, filmes repetidos, séries que só
estudante de ensino médio consegue acompanhar, canais de música, canais de
humor com um monte de coisa repetida... O formato da TV tanto paga, como aberta
já esgotou para mim já faz um tempo. Já faz um certo tempo que não acompanho
nada, não assisto nada, tanto que nem para a minha casa (onde eu tenho sim
ainda TV de tubo), não comprei conversor nem nada. Ver telejornal pra ver só
desgraça e atrocidade? Esperar um bom filme sendo que todos que eu gosto eu já
tenho em DVD, que eu posso assistir a hora que eu quero? Acompanhar novelas
onde a inversão de valores, mau exemplo, argumento tendencioso, quando não o
merchandising aparece no meio do texto de forma forçada... Ou aprender com as
novelas que no Egito antigo já existiam os extintores de incêndio??? Já devo
ter falado isso em outro texto por aqui, pois eu me lembro de ter digitado
isso: Muitos amigos já falam em substituir a assinatura de uma operadora de TV
a cabo por uma plataforma digital. A TV hoje em dia é algo pra mim em que eu
não dependo da programação, eu assisto o que tenho em DVD e está bom demais.
Pra terminar essa matéria, os vídeos de Clayton Poole como antenista e Ursulão "economizando" as 25 pratas.
Baratta:
ResponderExcluirOu você esta muito certo, e deve estar, ou está acontecendo aquilo que você antigamente se perguntava "com que idade vou começar a ficar razinza?". Será? kkkkkkkk....
Eu já nasci ranzinza, Serge kkkk. É que com 42, a ranzizice tá piorando.
ExcluirSó 42? Ah meu caro, você é um menino! Aproveite o tempo!
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