Paul McCartney tocou em terras brasileiras pela nona vez, se eu contei corretamente. Tocou nos dias 26 e 27 de março em São Paulo e dia 30 de março em Curitiba. A tour de agora é a Freshen Up, tour do disco Egypt Station lançado no último dia 07 de setembro de 2018. Fui apenas no segundo dia em São Paulo e encontrei os amigos Robert Moura (leitor, sócio do Blog Do Baratta), dono do blog Rock N´Geral e amigão desde os tempos de Orkut. Aliás o Robert é atualmente colaborador do Portal Rock Press e escreveu um Dossiê sobre o Paul McCartney pro portal de oito capítulos!!! O dossiê pode ser acessado no link http://www.portalrockpress.com.br/dossies Isso, parafraseando a Figure Of Eight: A figura escreveu oito capítulos!!! Estava também junto com o Robert o amigo André e dentro do estádio estava procurando um lugar pra ficar e andando entre as pessoas que estavam sentadas esperando o show começar, tentei desviar de um cara e acabei chutando a bunda dele (sem querer) coloquei a mão no ombro dele e pedi desculpa, quando o cara olha pra cima era o meu amigo da igreja Wanderson o (Nandé) e relembramos que há 20 anos atrás estivemos no show do KISS da Psycho Circus Tour no autódromo de Interlagos em São Paulo. Não, não marcamos de ir ao Show do Paul, mas foi uma excelente surpresa nos encontrarmos ali. Paul McCartney com seus 76 anos manda bem e muito bem, tá o mesmo moleque que eu vi em 2010 no Morumbi, em 2014 no estádio do Palmeiras, no VHS do Rock Show, no DVD do show no Canadá, sim, o homem continua o mesmo. Começa no baixo, daqui a pouco pega a guitarra, violão, baixo, bandolin, ukelele, vai pro piano, volta pro baixo, pega o violão, volta pro piano, corre de um lado pra outro do palco e assim são três horas de show. Mesmo que a pessoa não conheça tão a fundo o trabalho de James Paul McCartney (como é o caso de um moooonte de gente ali), é impossível não curtir o show e a performance de um meninão de 76 anos, uma lenda viva do rock n roll. Antes que os Stoneszeiros comecem com: Ah e o Mick Jagger??? Aqui estamos falando de Paul McCartney e o assunto não é Stones, belê? Sim, ele faz um show de três horas, se preocupa em falar o idioma do país que ele está, sim, ele se preocupa em manter um contato direto falando as gírias do país que ele está como foi o caso de (Tamô Junto, Da Hora, Beleza), sim ele se preocupa em colocar Junior´s Farm e In Spite Of All The Danger no repertório, sim, dia 27 de março foi aniversário do Paul Wix Wickens que está desde 1989 tocando com Paul, portanto há 30 (eu disse trinta anos) tocando com Paul!!! Sendo assim, estávamos sim em uma festa. Quando se trata da festa que é o show do Paul, a festa já começa a tarde do lado de fora do estádio. Quando ele chega de carro e acena para os fãs é um momento indescritível. Uma novidade da turnê é o naipe de metais em algumas músicas. Quem assistiu o RockShow, ou o Wings Over Australia lembra bem que tinha um quarteto de metais. O trio Hot City Horns é formado por Mike Davis, Paul Burton e Kenji Fenton. O trio estreou com Paul McCartney no show especial de Paul na Grand Central Station em Nova York em 7 de Setembro de 2018 no lançamento do mais recente álbum do Paul, Egypt Station. Davis e Burton se graduaram no LIPA (Liverpool Institute of Performing Arts), escola fundada por Paul. Kenji completa o trio. Ao entrar no estádio o primeiro (souvenir) entregue foi o folheto explicativo sobre a campanha Segunda Sem Carne. Campanha presente em 40 países (como no Reino Unido encabeçada por Paul). Em 2009 foi lançada no Brasil pela (SVB) Sociedade Vegetariana Brasileira. A campanha propõe que se tire pelo menos um dia por semana a carne do seu prato. Pelas pessoas, pelos animais, pelo planeta. Saiba mais em www.svb.org.br.
Amigo Robert na sala da Imprensa. |
Eu, Robert e André, no boteco em frente ao estádio. |
Amizade de 30 anos, Nandé. Encontrei no estádio depois que chutei sua bunda. |
Uma semana antes já começo a
minha fase de preparação pro show ouvindo um CD que baixei da Up And Coming
Tour de um show no México (pra entrar no clima do show), assisto os clipes e
making of de alguns discos. Toda vez me espanto quando me deparo com a extensão
da obra de Sir James Paul McCartney. Para cada disco da sua carreira solo,
existe um “Alternate” com sobras de estúdio e músicas com mixagem diferente.
Muitos álbuns tem um making of em vídeo. Para Rockestra, por exemplo, existe um
vídeo de mais de 40 minutos. Recomendo
ir atrás desse assim também como o Put It There, making of do Flowers In The
Dirt e o The World Tonight sobre o Flaming Pie. Isso sem contar os
clipes. Por volta de uma semana antes resolvi rever os DVDs de clipes do Paul.
Coloquei o primeiro DVD (são seis) por volta da meia noite e às quatro da manhã
ainda estavam começando os clipes dos anos 80. A obra do Paul não se resume
apenas em áudio. Em vídeo ele produziu muita coisa também. Claro que, se a
gente falar de áudio então é praticamente impossível ouvir tudo em uma semana
apenas. Isso os discos oficiais. Estou falando apenas dos LPs, porque se a
gente for falar dos singles, compactos, mesmo os que foram extraídos dos LPs,
sempre tem uma ou outra música que não estará em LP nenhum, viriam a ficar
conhecidas apenas na era do CD ou do mp3 até os dias de hoje. Os LPs, todos em
CD pra vc correr atrás são esses.
- The Family Way (1967)
- McCartney (1970)
- RAM (1971)
- Wild
Life (1971)
- Red Rose Speedway (1973)
- Band On The Run (1973)
- Venus And Mars (1975)
- Wings At Speed Of Sound (1976)
- Wings Over America (1976)
- Thrillington (1977)
- London Town (1978)
- Wings Greatest (1978)
- Back To The Egg (1979)
- McCartney (1980)
- Tug Of War (1982)
- Pipes Of Peace (1983)
- Give My Regards To Broad Street (1984)
- Press To Play (1986)
- All The Best (1987)
- CHOBA B CCCP (1988)
- Flowers In The Dirt (1989)
- Tripping The Live Fantastic (1990)
- Tripping The Live Fantastic – Highlights!
(1990)
- Unplugged (The Official Bootleg) (1991)
- Liverpool Oratorio (1991)
- Paul Is Live! (1993)
- Off The Ground (1993)
- Strawberries, Oceans, Ships, Forest (1993)
- A Leaf (1995)
- Standing Stone (1997)
- Flaming Pie (1997)
- Ruches (1998)
- Working Classical (1999)
- Run Devil Run (1999)
- Liverpool Sound Collage (2000)
- Wingspan: Hits and History (2001)
- Driving Rain (2001)
- Back In The Us (2002)
- Back In The World (2003)
- Twin Freaks (2005)
- Chaos And Creation In The Backyard (2005)
- Ecce Cor Meum (2006)
- Amoeba´s Secret (2007)
- Memory Almost Full (2007)
- Eletric Arguments (2008)
- Good Evening New York (2009)
- Paul McCartney Live In Los Angeles (2010)
- Ocean´s Kingdom (2011)
- Kisses On The Bottom (2012)
- New (2013)
- Egypt Station (2018)
Algumas coleções bem interessantes são:
Momac Hidden Tracks – 30 cds, praticamente quase tudo o que
Paul fez desde o final dos Beatles.
Soundchecks – As passagens de som antes dos shows. Hoje em
dia as passagens de som pode ser assistidas pelos fãs que tem um pouco mais de
dinheiro para comprar o ingresso que dá direito a assistir a passagem de som,
filar uma boia vegetariana, ganhar uma revista programa da turnê e por fim o
show.
Ainda nos tempos do Orkut, enquanto oficialmente saía a
coletânea Wingspan, na internet saia uma Wingspan com OITO CDs.
Lembro-me da primeira vez que ele
veio e fez show apenas no Rio de Janeiro no estádio do Maracanã em 1990. Eu vi
pela TV, mas deve ter sido um compacto dos melhores momentos e olhe lá. Depois
veio 1993 e dessa vez o show veio pra São Paulo, mas ainda não fui nesse. Embora
eu já fosse muito fã dos Beatles e em 1993 já tivesse um ou outro disco da
carreira solo, já tivesse ouvido o Unplugged numa fita cassete de um amigo, já
tivesse o Flowers In The Dirt em vinil,
não sei o que aconteceu que eu não fui no show de 1993. Bate um arrependimento
enorme por isso hoje. Mas também não me lembro de ter visto um show solo dele,
a não ser o de 1990 que foi transmitido pela TV. Algum tempo depois que fui ter
a chance de ter o RockShow em VHS. 17 anos depois da segunda vinda, Paul
retornaria com a Up And Coming Tour. Para esse show eu até mandei fazer uma
camiseta com a foto da tour. Mas dessa
vez já sabia como eram os shows do Paul. Da década de 1990 pra frente tive mais
conhecimento sobre a obra e o que era Paul McCartney ao vivo. Antes do show do
Morumbi, eu já tinha baixado um CD da Up And Coming Tour em um show no México. No
estádio do Morumbi ouvir a Venus And Mars/Rock Show/Jet me fez chorar igual
criança, vou lembrar desse momento pro resto da vida. Quem acompanha os shows
do Paul tipo o Rock Show, o Wings Over Australia, os shows da década de 90 da
(New World Tour) e os shows da tour Driving World Tour (2002) pra cá, conclui
que Paul continua o mesmo, com sua vitalidade no palco e a interação artista e
público. Paul já está com a banda atual há 17 anos, desde 2002 que conta com:
Paul Wickens: teclados, guitarra, violão, bongos, percussão, harmônica e
backing vocals, Rusty Anderson: Guitarra, violão e backing vocals, Brian Ray:
guitarra, violão, baixo e backing vocals, Abe. Laboriel Jr.: bateria, backing
vocals e percussão e Paul McCartney: vocais, baixo, guitarra, violão, ukelele e
piano. Shows de três horas, shows super lotados, uma perfeita festa que faz
muito beatlemaníaco sair chorando de alegria.
Fotos do show infelizmente não tenho, pois fiquei
longe do palco. Mas trago aqui as fotos do encontro com os amigos, duas fotos
do telão do meu amigo Nandé e um ou outro vídeo que eu achei no you tube de
alguma boa alma que tenha postado. Postarei também o vídeo da entrevista para a 89 FM.
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