terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Deep Purple


Nos anos 90 enquanto a minha geração se enfurnava na Toco, na Contramão, na Over Night dançando os poperô, devidamente trajados com suas calças bag, cabelos poodles e ombreiras, eu bem ficava enfurnado na minha casa redescobrindo Janis Joplin, Deep Purple, Led Zeppelin, Mutantes entre outros. Hoje gostaria de falar um pouco sobre o Deep Purple. Não, não virei o fã que tem todos os discos, que tem uma penca de documentários, um monte de vídeos, até porque a banda está na ativa até hoje e já passou por algumas mudanças em sua formação ao longo de sua historia. Hoje em dia da formação original mesmo só está o baterista Ian Paice. Jon Lord faleceu em 2012. E Ritchie Blackmore saiu e remontou o Rainbow, voltou ao Deep Purple e hoje em dia leva adiante o seu Blackmore´s Night. Há quem diga que Deep Purple sem Blackmore não é Deep Purple, tá bom eu sou um dos que diz isso. Mas confesso que curti o álbum Come Taste To The Band com o Tommy Bolin de 1975.
Conheci Deep Purple através do lendário e já falado tantas vezes aqui no blog, programa de videoclipes Som Pop na TV Cultura. Me lembro que era no sábado no final de tarde. Eu que pensava em ser músico, embora não tocasse nenhum instrumento ainda, assistia com bastante atenção o clipe de Perfect Strangers do Deep Purple de 1984. O disco foi lançado em setembro de 1984. Não lembro ao certo quando o clipe entrou na programação do Som Pop, mas com certeza eu tinha por volta dos dez anos de idade. O clipe tem um clima legal de ensaio, banda no estúdio (algo que para mim se tornaria algo que eu faria bastante nos anos seguintes) sempre fui rato de ensaio e gravações. Como músico, digo que curto mais o ambiente de estúdio que o palco (ainda mais hoje em dia que tocar em barzinho é a maior furada de todos os tempos). Porém eu (com meus dez anos) na época não imaginaria que aquele clipe retratava o reencontro da banda. Alguns discos do Deep Purple são obrigatórios para todo mundo que gosta do bom e nunca velho rock n roll. A começar pelo Machine Head, onde a história de gravação do disco já vale o disco inteiro. A história está na letra da canção “Smoke On The Water”. Tudo bem que o Steve Morse tem um belíssimo trabalho, é um guitarrista de mão cheia e lidera a guitarra do Purple desde a primeira metade dos anos 90 até os dias de hoje. Mas Ritchie Blackmore é Ritchie Blackmore. Ian Gillan continua mandando muito bem sim senhoras e senhores, Gillan é Gillan.

(TABELA COPIADA DO WIKIPEDIA)
Fase I "MK I"
(1968-1969)
·         Rod Evans - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Nick Simper - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase II "MK II"
(1969-1973)
·         Ian Gillan - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase III "MK III"
(1973-1975)
·         David Coverdale - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Glenn Hughes - baixo,vocais
·         Ian Paice - bateria
Fase IV "MK IV"
(1975-1976)
·         David Coverdale - vocais
·         Tommy Bolin - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Glenn Hughes - baixo,vocais
·         Ian Paice - bateria
(1976-1984)
O grupo esteve separado.
Fase II "MK II", reunião
(1984-1989)
·         Ian Gillan - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase V "MK V"
(1989-1991)
·         Joe Lynn Turner - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase II "MK II", nova reunião
(1992-1994)
·         Ian Gillan - vocais
·         Ritchie Blackmore - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase VI "MK VI"
(alguns meses em 1994)
·         Ian Gillan - vocais
·         Joe Satriani - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase VII "MK VII"
(1994-2002)
·         Ian Gillan - vocais
·         Steve Morse - guitarra
·         Jon Lord - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria
Fase VIII "MK VIII"
(2002-atualmente)
·         Ian Gillan - vocais
·         Steve Morse - guitarra
·         Don Airey - teclado
·         Roger Glover - baixo
·         Ian Paice - bateria

A tabela acima eu copiei do Wikipédia, pois as formações do Deep Purple me confundem um pouco, não vou negar. A formação que eu mais gosto é a segunda por causa dos discos “Machine Head”, “In Rock”, “Fireball” e “Who Do We Think We Are” e o “Made In Japan”.
Da segunda formação além dos discos eu destacaria em vídeo um show na Dinamarca em 1972 e uma apresentação no estúdio Granada em Manchester na Inglaterra.
A terceira formação também é algo pra se reverenciar pois tem álbuns excelentes como o “Burn”, “Stormbringer” e o “Made In Europe”. Também temos a frente Glenn Hughes no baixo e David Coverdale nos vocais ¬¬.  Não dá pra falar de Deep Purple e não falar do lendário “California Jam”. Ian Paice e Jon Lord contaram o que aconteceu no “California Jam” no documentário “Deep Purple Pionners Of Heavy Metal” (excelente documentário por sinal).

O “California Jam” foi um festival que aconteceu no dia 06 de Abril de 1974 e contou com bandas como Black Sabbath, Deep Purple, Eagles, Emerson, Lake and Palmer, Seals and Crofts, Earth, Wind and Fire, entre outros. Todo grande festival com grandes nomes da música sempre atrasa. Só que o California Jam tudo estava adiantado. Foi dito que o Deep Purple seria a primeira banda a entrar com os holofotes, pois era um festival de dia inteiro. Alguém falou para a banda algo como: Ok, agora é com vocês. Então o Ritchie disse que não iria entrar. Os organizadores do festival disseram que iriam buscar um delegado para colocar Ritchie no palco. Ian Paice conta no documentário “Pionners Of Heavy Metal”: Então nós o escondemos!!! Durante o show, a câmera de TV filmava de perto toda a performance da banda e Ritchie pedia para a câmera se afastar um pouco mais durante o show todo. No final Ritchie acaba quebrando sua Fender Stratocaster na câmera, quebra a câmera e põe fogo em uma parede de amplificadores Marshall e joga destroços dos amplis e da guitarra para o público. Outra frase que retrata bem o que foi esse show que eu copiei do Wikipédia é: A silhueta do guitarrista em frente às chamas do amplificador é uma das cenas mais poderosas de toda a iconografia do rock.” . O B.O. foi tamanho que quando as autoridades foram atrás do Deep Purple eles já tinham saído de lá em um helicóptero.

Dos vídeos disponíveis no You Tube eu gostaria de compartilhar alguns aqui com vocês. 





















Um comentário: