Já não se faz desenhos como antigamente.
Quem está com trinta e poucos, ou trinta e todos, se lembra
bem da TV em preto e branco, a primeira TV a cores que apareceu pelo menos na
minha casa foi por volta de 1989 acho, ou depois. Bom, a memória começa a falhar.
Mas pra que eu sentei em frente ao computador mesmo? Ah, foi para digitar essa
postagem, sorry, é o peso da idade chegando.
Então, nos lembramos de bem de uma TV que ainda não era paga
(pagar pra assistir TV?) quando poderíamos sonhar? TV de graça lembra bom bril
na ponta da antena, claro, quem não tinha antena externa, daquelas que alguém
subia no telhado e ficava gritando lá de cima: E agora? Melhorou? Veja como
fica... e a outra pessoa gritando da janela: Tá bom, e a clássica frase: Tá um
cinema! Pois bem. Futebol era em 3D, dois juízes, 24 jogadores para cada time,
duas bolas em campo, ah, dois campos e quatro goleiros! Pay Per View? Que nada,
futebol na época da TV a lenha era muito legal. Além do futebol, ainda tinham
as novelas, tudo se adaptando conforme a tecnologia da época, porém quando
assistimos algumas novelas antigas, como no Canal Viva, por exemplo, podemos
reparar, o áudio da fala dos atores um pouco mais baixo que a trilha sonora, ou
na questão da iluminação, um pouco escuro, sombra demais, bem diferente do
maquinário usado hoje que mais parece imagem de filme de última geração. Nesse
ponto tenho que reconhecer que a qualidade deu um salto formidável. E isso é
opinião minha, noveleiro aos sábados e feriados de livre e espontânea: O que eu
posso fazer?
Além das novelas e do futebol, bate o saudosismo
principalmente na programação infantil. Quem nunca ligou para o programa do
BOZO para ganhar uma bicicleta? EU, não tinha telefone em casa e minha mãe não
me deixava atravessar a rua pra ligar do orelhão da esquina, enfim... Tinha o
Bambalalão, programa infantil na TV Cultura, esse eu postarei aqui, pois fui em
uma gravação, em breve eu conto por aqui. Mas um dos principais elementos
televisivos voltado para as crianças, sempre foi e sempre serão os DESENHOS!
Hoje em dia a maioria é tudo voltado pra violência, ou é
moderno demais, infelizmente não são como os desenhos de antigamente. Antes que
o leitor se anime e pense: Ownnnt, ele vai falar dos Thunder Cats... Não, não
vou falar dos Thunder Cats, sou mais véio, hahaha. E digo mais: Ha.
Estou falando do início da década de 80. Sim. Os desenhos
eram, Speed Racer, Pica Pau antigo (não esse novo em que mudaram a voz, mudaram
tudo nele. Sim, era a Turma do Pica Pau antigo, com o Leôncio (Junior, joga La
bola para o papai), ou o Zeca Urubu, o Professor Maluco com o sotaque francês,
quem não se lembra do fiel cavalo Pé de Pano, os sobrinhos do Pica Pau,
Toquinho e Lasquita, Zé Jacaré, Andy Panda, Meany Ranheta, entre tantos, ê
tempo bão! Além do Pica Pau, tinha o Tom & Jerry, sempre os antigos também.
Destaque para as três produções de Hanna – Barbera, onde os episódios eram
produzidos por Fred Quimby de 1940 a 1958, depois veio a era Gene Deitch de
1960 a 1962 e depois pelo Chuck Jones de 1963 a 1967. Outros desenhos clássicos
eu lembro e estou em constante busca até hoje como o Carangos e Motocas (uma
turma de motocas que queriam sempre acabar com a raça do Wheelie, um fusca boa
praça, gente boa e sua namorada a Rota.
A família Buscapé (Zééééé) e lá vinha o
Zé resmungando igual eu sou desde que me conheço por gente. Bob Pai e Bob
Filho, um pai e filho cachorros que se metiam em tudo que é aventura e rasgavam
elogios um para o outro o tempo todo do tipo: Ó estimado adorado e venerado
paiê, algo assim. Capitão Caverna, Speed Racer e seu carro nº 5, Corrida Maluca
e sua lista infindável de personagens, Dom Pixote, A Pantera Cor de Rosa,
Papaléguas (o coiote é meu ídolo – só se ferra mas não desiste nunca), Os
Jetsons (o que tinha de futurista nós ainda não chegamos em 10% daquela coisa
tooooda – como diria Caetano). No final dos anos 80, eu adorava assistir o Duck
Tales, que nada mais era que o Tio Patinhas, Huguinho, Zezinho e Luisinho,
Donald, ou seja, a galera da Disney, direct from Patopolis. O ídolo Pateta e
seu filho Max, suando a camisa pra cada presepada armada pelo vizinho mala sem
alça do Bafo. Hoje se eu paro pra ver algo? Sim, A Turma da Mônica, sim,
Mônica, Cebolinha ( com seus planos infalíveis), eu adoro tudo isso. Ou toda a
penca dos Super Heróis, quem não se lembra da frase: Enquanto isso na Sala da
Justiça... Garfield e seus Amigos também é legal. Mr. Magoo, Muppets Babies, Os
Flinstones, Os Smurfs, a Turma do Snoopy, toda a turma do Looney Tunes
(Gaguinho, Patolino, Frajola, Pernalonga entre outros), Pepe Legal, Popeye que
me levou a comer espinafre (que diga se de passagem que odiei o gosto e nunca
mais quis comer, mas continuei a ver o desenho), Recruta Zero e o maquiavélico
Sargento Tainha, Super Mouse o rato bombado, Tutubarão, Zé Colmeia, são muitos,
provavelmente eu me esqueci de alguns. Mas quando esses desenhos eram
veiculados na TV era uma festa, até hoje é uma festa, na minha TV quando acho
algum DVD com esses desenhos maravilhosos. Desenhos que provavelmente hoje não
passariam pela censura ao mostrar um Pateta fumando, ou um personagem usando
uma quantidade astronômica de explosivos, ou no final das contas o personagem
todo engessado, com curativo pra todo lado e cinco segundos depois pronto pra
outra, rs, é, os desenhos tinham lá suas particularidades. Mas era uma diversão
sadia para as crianças daquela época que não tinham computador, nem You Tube,
nem TV a cabo, nem celular que entra na internet. Para ilustrar a postagem,
usei pelo menos os meus desenhos preferidos dessa imensa lista.
Isso é tudo PE PE SSOAL!
Texto Baratta McCartney