Hoje é aniversário desse moleque aí ó!
Há tempos que eu queria falar dele por aqui. Mas como falar
de Paul McCartney? Talvez falar de um disco em específico. Mas qual? O cara
grava desde 1962 até 1969 só com os Beatles, além do disco trilha do filme “The
Family Way” de 1966, ou seja, mesmo com os Beatles o senhor workaholic já
colocava suas asinhas de fora. O legal em ter Paul McCartney como ídolo é que
ele sempre me surpreende. Nos Beatles ele não se restringia ao baixo, tocava
violão, piano, bateria. Como pode existir uma pessoa assim como ele? Tudo o que
ele contribuiu desde a época dos Beatles, antes do estrelato, quando Pete Best
não podia ir ou coisa assim, Paul ia para a bateria, o seu jeitão dos três
Beatles Paul era o mais diplomático digamos. Tente pensar em Ticket To Ride com
outra levada de bateria, ou a própria Yesterday com banda inteira tocando, ou
seja, desde o início Paul já demonstrava ser um cara único.
Álbuns de estúdio
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Com os Wings
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Com o The Fireman
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Álbuns ao vivo
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Coletâneas
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Trilhas sonoras
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Álbuns experimentais
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Álbuns de música clássica
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- Somente Paul McCartney
- Give My Regards to Broad Street (1983)
- Put It There
- Get Back (1990)(show)
- Paul is Live (1993)(show)
- Liverpool Oratorio (show)
- Standing Stone (show)
- Live at Cavern Club (1999)(show)
- Back in The U.S. (2002)(show)
- Live in Red Square (2003) (show)
- The Space Within US (2006)(show)
- The McCartney Years (2007)
(Documentário; cenas nos bastidores; videos e shows)
- Good Evening New York City (2009) (show)
- Com o Beatles:
- A Hard Day's Night (1964)(filme)
- Help! (1965)(filme)
- Magical Mystery Tour
(1967)(filme)
- Yellow Submarine
(1965)(voz)
- Let it Be
(1969)(filme)(ganhou o Oscar de Melhor Canção Original)
- Com o Wings:
- Rockshow (1976)(show)
- Wingspan: Hits and History (documentário)
- Participações em
espetáculos:
- Music for Montserrat
- Knebworth
- Paul McCartney and Friends
- The PETA Concert for Party Animals
- Concert for NYC
- Party at The Palace
- Saturday Night Live,
Vol4
- Concert for George
- Live 8 Em 2005
- Live Aid Em 1985
Eu estou me aprontando para o show do Paul McCartney no
Estádio do Morumbi em 2010 e o telefone toca:
: Alô! Baratta? Mano é o Robert, onde você está?
: Sentado na minha cama falando no telefone com você, uai! E
você, onde está?
: Cara, estou aqui no estádio, to vendo tudo, o palco, o PMC
no bumbo da bateria, mano, to emocionado!
: Calma mano, vai morrer de emoção aí. Calma mano, to indo
pro estádio daqui a pouco.
Meu amigo, leitor do blog, amigo desde os tempos de Orkut
Robert Moura. Era o show do Paul McCartney em 2010. O primeiro show (e até a
presente data) o único que eu vi dele ao vivo. Outros amigos estavam lá também,
mas não consegui contato com eles. Munido de um binóculo bem meia boca, lá
estava eu. De repente chega um cara do meu lado perguntando se eu sabia se ali
estavam vendendo binóculos, acabei vendendo o que eu tinha e comprei um outro
melhor, que não era aquela maravilha, mas no dia resolveu.
James Paul McCartney, o cara que eu tinha ouvido a minha
vida inteira em instantes apareceria no palco. O show da turnê praticamente era
o mesmo, eu já tinha ouvido o show de maio em Foro Del Sol. Aliás, nessa época
eu ouvia esse cd (não oficial) exaustivamente. O tema de abertura acaba, o
palco escurece e de repente entra o cara. Os primeiros acordes da Venus and Mars
começam e eu lembro da primeira vez que assisti o Rockshow. Desde o primeiro
acorde chorei igual uma criança.
Calor do mês de novembro em São Paulo, noite agradável,
público animado. Não sou do tipo que lembra tudo ou anota as músicas do set
list. Mas o Paul é o mesmo que eu venho ouvindo e assistindo todos esses anos.
Toca baixo, corre pro piano, volta pro baixo, pega o violão, corre pro piano,
volta pro baixo, levanta o baixo Hofner no alto e o estádio inteiro o
reverencia, toca ukelele, corre de um lado pro outro do palco, volta pro piano,
e o show dura TRÊS, isso mesmo TRÊS HORAS. Além disso, Paul faz questão de
falar a língua do país em que está. Assim é Paul McCartney no palco. Paul fora
do palco? Quem tem sorte é capaz de ver andar de bicicleta, bem à vontade. No
dia a dia Paul está sempre compondo, ensaiando, gravando, ou então fazendo um
documentário. Sim, o homem não para! Com 70 anos, 51 discos oficiais, por volta
de 20 DVDs oficiais, ele não para. Tarefa difícil é ter tudo o que ele já fez. Vamos
estender ainda contando os álbuns com os Beatles, claro, foi ali que começou
tudo. Com os Beatles, Wings, Fireman, sozinho, seu trabalho não é algo que se
ouve uma única vez.
Estendendo um pouco ainda, pense que pra cada disco existe
um (alternate) geralmente bootleg (não lançado oficialmente). Indo um pouco
mais além, fora os LP´s, existem os singles. Sim, os compactos. Muitas músias
dos compactos que não saem nos LPs.
Além de tudo isso, alguns anos atrás, na época de ouro do
Orkut, vira e mexe aparecia algumas (coleções montadas a dedo) com boa parte
desconhecida do grande público.
Algumas coleções bem interessantes são:
Momac Hidden Tracks – 30 cds, praticamente quase tudo o que
Paul fez desde o final dos Beatles.
Soundchecks – As passagens de som antes dos shows. Hoje em
dia as passagens de som pode ser assistidas pelos fãs que tem um pouco mais de
dinheiro para comprar o ingresso que dá direito a assistir a passagem de som,
filar uma boia vegetariana, ganhar uma revista programa da turnê e por fim o
show.
Ainda nos tempos do Orkut, enquanto oficialmente saía a
coletânea Wingspan, na internet saia uma Wingspan com OITO CDs.
É muita coisa? Num cheguei nem na metade.
Faltou mencionar os vídeos não oficiais que existem. Se você
gosta do filme Rockshow, aquele do Wings Over America, devia dar uma olhada no
Wings Over Australia, Wings Over The World e Wings Over Philadelphia. Se você
adora o disco Back tl the Egg, saiba que existe um clipe para quase todas as
músicas do álbum, alem de um documentário sobre a música Rockestra com duração
de 42 minutos. Gosta do disco
e filme Give My Regards To Broad Street? Tem video do making of do disco
também. Aliás, se você é do tipo do fã que gosta de making of, saiba que além
do Put It There pro disco “Flowers In The Dirt” ainda existem “Movin´On “ para
o “Off The Ground”, “The World Tonight” para o “Flaming Pie”, “Behind The Caos”
para “Caos and Creation”, para o “Memory Almost Full”, para o “New” (sim já
tem!), entre outros. Se você gosta do dueto do Paul com Stevie Wonder em Ebony
and Ivory, existe uma versão só com o Paul cantando. Você gosta de Say, Say, Say e The Man com
Michael Jackson? Saiba que Sir Paul canta com Michael no disco Thriller
a canção “The Girl Is Mine”.
Tá Baratta, chega, não? Perae, tem mais!!!
Se você quiser ter tudo do Paul, não esqueça as últimas
apresentações da TV como o show 12/12/12 que além dele aparecer em forma
cantando e tocando com sua banda, ainda faz uma Jam session com o Foo Fighters,
é mole? Assim como Paul também esteve na Casa Branca, Paul com Bruce
Springsteen, Paul no teatro Apollo, Paul nos 50 anos da primeira apresentação
dos Beatles no Ed Sullivan.
Com certeza enquanto você lia esse texto , ele já deve ter
composto uma música e já deve estar gravando-a. Até você desligar o seu
computador hoje, ele já deve ter feito um documentário do disco e o disco
estará amanhã nas lojas antes de você levantar. Assim é Paul McCartney.
Uma música que tente definir Paul McCartney?
Young Boy.