Hoje eu vou
falar de um cara que foi a minha inspiração para começar a escrever meus
textos. Digo sempre que foi por causa dele que virei blogueiro. Tudo começou
quando achei uma matéria dele na internet sobre o disco Elvis Today de 1975.
Seu nome é Pablo Aluísio. Hoje ele mantém 4 blogs.
Pablo Aluísio – Sobre Música, Cinema e
Séries http://pabloaluisio.blogspot.com.br/
Cine Western – com o melhor do Western
http://western-pabloaluisio.blogspot.com.br/
Cine Clássico em http://cineclassico-pabloaluisio.blogspot.com.br/
Elvis Presley
Pablo Aluísio – somente sobre Elvis http://elvispresley-pabloaluisio.blogspot.com.br/
Há tempos queria falar sobre o Pablo
aqui no blog, então enviei algumas perguntas e ele mandou um texto
respondendo-as. O texto abaixo é do Pablo Aluísio.
Desculpe não ter respondido antes. Realmente estou sem tempo.
Aqui vai um texto com as principais respostas para suas perguntas:
Sim, eu mantive o site EPHP por quase dez anos. Ele saiu do ar porque a empresa que o hospedava foi comprada pelo Yahoo, que depois encerrou suas atividades. Uma pena. Assim coloquei os textos no meu blog e tem sido assim desde 2009. Já pensei em reabrir um novo site, mas só de pensar no trabalho que isso iria dar... preferi deixar tudo nos blogs mesmo. São práticos e mais fáceis de cuidar. O site original entrou no ar em 1999 e durou até 2009 quando foi encerrado. Depois disso passei a escrever para os blogs que permanecem online até hoje. Escrevo esporadicamente sobre livros nos meus blogs e não pretendo ter mais nenhum além dos que já tenho (e já está bom demais porque dão bastante trabalho).
Sim, sou advogado até hoje. O Direito é uma das minhas paixões, assim como cinema e música. Escrevo textos sobre cinema e música justamente para relaxar, é um hobby desde sempre. Já escrevi textos que foram publicado em revistas na Inglaterra, País de Gales, Portugal, Holanda e mais alguns outros países europeus. Em relação às publicações que li... são muitas ao longo de todos esses anos. Sempre gostei muito de algumas publicações inglesas como NME e similares. A Billboard também sempre foi uma boa pedida. De cinema valem as citações da Variety, Cahiers du cinema, Premiere, etc. Infelizmente as revistas brasileiras de cinema deixaram de circular. Gostava da Cinemin (edições antigas), Set (em seus primeiros números), entre outras.
Em relação ao método de produção de textos: Bom, nesses anos de internet descobri que textos muito longos não são bem aceitos pelo público em geral. Textos menores (com no máximo 4 parágrafos) são mais fáceis de serem lidos. Por isso escrevo, na maioria das vezes, textos curtinhos. Quando o texto é maior divido em partes 1, 2, 3... etc. Depois mais tarde compilo tudo em uma só postagem (como faço com os discos de Elvis). Eu programo dias determinados para escrever para os blogs. Por exemplo, escrevo textos de cinema clássico nas segundas e quintas, apenas. Nos outros dias escrevo para os outros blogs. Dividindo assim consigo manter um bom ritmo, com dois textos por dia. Quando tenho mais tempo livre escrevo mais diariamente, mas a média é essa mesmo. Dois textos novos por dia. Na falta de tempo, textos ainda mais curtos e objetivos.
No Brasil há um certo problema em escrever algo na net porque realmente, como você diz, as pessoas não gostam muito de ler hoje em dia. A maioria dos jovens prefere mesmo assistir vídeos no Youtube. Felizmente sempre tem aquele público mais seleto que gosta de ler textos, que fez da leitura um hábito. E é justamente para essas pessoas que escrevo os textos. Não há como ser extremamente popular escrevendo blogs hoje em dia porque poucas pessoas gostam de ler, então o jeito é escrever para quem gosta. Não podemos fazer muito mais do que isso. Já como leitor procuro, curiosamente, ler sites e blogs mais voltados para a minha atividade profissional (Direito). Em termos de cinema ainda acompanho alguns críticos que sempre gostei como Rubens Ewald Filho, Inácio Araújo, etc. Mas confesso que como leitor de textos de cinema na internet não sou dos mais assíduos! Ainda prefiro revistas impressas.
Procuro manter uma coleção de DVDs, CDs e Livros. E sim, ainda gosto da mídia física. Agora devo dizer que antigamente era muito mais prazeroso colecionar. Os discos de vinil tinham um charme incrível, com aquelas grandes capas, encartes, fotos, o manuseio do LP e tudo mais. Isso se perdeu com o CD que é um formato que não impressiona muito. É meio asséptico e impessoal demais. Embora ainda siga colecionador é importante salientar que muito do velho charme e prazer se perdeu com o fim dos discos de vinil. Antes (por volta dos anos 80) era muito mais prazeroso manter uma grande coleção de álbuns. Hoje o vinil anda renascendo aos poucos na Europa e nos EUA. Não deixa de ser uma ótima notícia.
Sobre a imparcialidade sobre Beatles e Elvis, sim, procuro manter. Tanto que já tive problemas com aqueles fãs mais radicais que acham que em algumas ocasiões critico além da conta. Isso, porém não tem jeito. Quando me deparo com um momento menor desses gênios da música procuro mesmo criticar, mas procurando nunca ofender. Como artistas eles eram maravilhosos, mas nem sempre o material que lhes eram disponibilizados era de primeira linha. Vide algumas músicas que Elvis gravou nos anos 60 em suas trilhas sonoras. Havia músicas ali que eram verdadeiras porcarias.
A cultura hoje em dia realmente está em decadência. Não há como comparar com o passado. Musicalmente a coisa é pior, pois não temos nada que se compare a Elvis ou Beatles, por exemplo. Esses foram únicos. Além disso os gêneros musicais que mais fazem sucesso hoje em dia (como o rap, etc) nunca fizeram minha cabeça. Não gosto. O rock sempre foi meu gênero preferido, mas atualmente o rock de um modo em geral está quase acabado (tanto no Brasil como no exterior). Em termos de cinema a coisa é um pouco melhor. Há sempre filmes independentes muito bons sendo realizados. O cinemão pipoca comercial americano anda fraco, mas esse tipo de filme mais alternativo mantém a boa qualidade.
Sobre a Marilyn Monroe: bom, ela foi maravilhosa. Ela foi um ser humano com vários problemas, mas como atriz tinha um carisma absurdo e como cantora foi muito melhor do que muitos pensam. Pena que ela gravou poucas músicas, todas elas para seus filmes. Eu acho sua voz de uma qualidade ímpar! O problema é que a MM tinha muitos problemas de auto estima, então ela não foi em frente numa carreira musical por medo das críticas. Eu só posso lamentar. Teria sido ótimo ter vários discos gravados por ela.
Por fim, sobre a Igreja Catótlica: bom, essa é uma instituição complexa demais. Só de padres ao redor do mundo são quase 500 mil! Como controlar algo tão grande assim? O Papa Francisco é um ótimo líder, porém problemas sempre existiram e sempre existirão dentro da ICAR. O importante é ir administrando bem, tirando os membros nocivos à igreja e sua doutrina. O resto segue em frente, concretizando o que o próprio Jesus disse, decretando que jamais os portões do inferno iriam prevalecer sobre sua igreja. Passados dois mil anos, o que Ele afirmou está de pé.
Então é isso Baratta. Desculpe a pressa. Arranjei um tempinho para responder suas perguntas hoje à noite e não fiz revisão (algo que você poderá fazer quando for publicar). No mais, agradeço a entrevista e desejo tudo de bom para você.
Um abraço,
Pablo Aluísio.