Este talvez seja o meu primeiro post sobre filme, o primeiro de muitos. Não, não falarei sobre um filme novo, inédito ou lançamento. Ele pode estar numa locadora mais próxima de você, isso claro, se tiver na locadora.
Bom, o filme é o That Thing You Do, no Brasil – The Wonders, O Sonho Não Acabou. Escrito, dirigido e atuado por nada mais, nada menos que Tom Hanks em 1996. Lembro que conheci primeiro o single That Thing You Do que tocava direto nas rádios, porém em 1996, tínhamos a 89 FM em São Paulo que ainda tocava rock, porém muita coisa moderninha, e a Mix FM. Quando ouvi pela primeira vez torci o nariz por três motivos: Achei fraca, cópia descarada em especial da primeira fase dos Beates, cópia deslavada do que eles tinham feito em 1964... Quando assisti ao filme pela primeira vez em casa, me identifiquei na hora. O filme é todo ambientado nos anos 60 pós invasão britânica.
A trama gira em torno de Guy Patterson, baterista que no momento do filme está sem banda e trabalha com o pai em sua loja de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Por vários momentos olha o pai vendo propaganda da Telemart (concorrente) e parece pensar algo como: Não quero acabar igual a ele. No início do filme ele é convidado pelos amigos Lenny a assistir ao Show de Talentos, pois a banda iria se apresentar. O baterista Chad quebra o braço e Guy é convidado para essa apresentação.
O desenrolar da história é um pouco fantasioso, pois é uma banda com uma música própria, que depois do show de talentos já arruma um bar para tocar, tocar apenas música própria... até nos faz pensar, puxa, quantas músicas eles tinham na manga. Aproveitando a pergunta de um fã, sim eles já tinham seguidores, gravam um disco, vendem e um cai na mão de um “olheiro” que os jogará na mão de Mr. White, um dos fortes da gravadora de nível nacional, aqui estamos falando em Estados Unidos.
A cena que me fez chorar de segurar o soluço foi da música deles tocando no rádio, pois senti a emoção deles saindo gritando pela rua.
Bom, esmiuçando o filme mais detalhadamente, eu considero o roteiro, história, desenrolar do filme um trabalho de gênio do Tom Hanks.
Primeiro – a banda.
Cada integrante tem a sua personalidade. O baterista que não liga muito para padrões e toca do jeito que quer, como quer e seguro de si. Jimmy o guitarrista e vocalista e principal compositor e o chatão da banda, tudo tem que ser do jeito dele. O baixista, coitado na pressa de todos até ficou sem nome. O outro guitarrista e vocalista era o gastão da turma e gostava de uma jogatina. Liv Tyler, a filha do Steven Tyler, vocalista do Aerosmith. Ela é namorada de Jimmy, mas que quase é deixada para trás como a Cynthia Lennon, primeira esposa de John Lennon. Ela não é integrante da banda, mas tem papel fundamental na trajetória da banda.
Segundo – tudo que foi criado por Hanks.
Tom Hanks para esse filme criou todo um universo em volta da banda. A gravadora Playtone, de alcance nacional e que promovia tournées para divulgar os artistas que viajavam a bordo de um ônibus. Mais um paralelo com os Beatles que muito excursionaram com o pessoal da EMI.
Os artistas da Playtone: Diane Dane – cantora solo, The Chantrellines – trio vocal feminino na mesma linha das Supremes, Freddy Fredrickson – cantor solo. O ídolo do baterista Guy era o Del Paxton, pianista que tinha o disco Time to Blow gravado pela gravadora Capitol.
O filme é maravilhoso, queria saber mais sobre o DVD duplo que contém a versão estendida do filme e creio que também tenha o making of do filme. Bom, acho que dentro de alguns dias o nosso amigo Doctor Robert do blog http://rockngeral.blogspot.com/ passará por aqui e falará sobre esse DVD.
NO DISC, NO FILMS
O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.
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Adoro esse filme! E adoro as músicas!
ResponderExcluirTom Hanks é, realmente, um gênio.
Mas, sempre tive uma dúvida: The Wonders existiu de verdade???? rsrsrs!
Aí que está o mais magnífico. Nem The Wonders, nem a Playtone, nem Del Paxton, tudo ali é fictício.
ResponderExcluirIh, rapaz, não sei se acrescento muito, pois vi o filme há muito tempo e não recordo com detalhes dele, o que eu lembro da época foi de ouvir a música no rádio antes de ver o filme (o que só fiz uns anos depois) e como não tinha a facilidade de encontrar as informações como hoje em dia com a internet, fiquei em dúvida se a banda havia existido nos anos 60 embora eu achasse estranho isso ter acontecido e eu nunca ter ouvido falar. O que rolou de fato é que depois do filme eles montaram uma banda e chegaram a fazer umas apresentações por aí.
ResponderExcluirO CD com a trilha sonora eu presenteei uma amiga e fui presenteado por outro amigo que é o mesmo que comprou recentemente o DVD que contém os extras que te falei, mas eu mesmo não cheguei a ver. Segundo ele tem a versão do filme com 45 minutos a mais e um disco com documentários que incluem uma tour da banda montada a partir do filme no Japão.
Quanto à trilha, as canções são bem bacaninhas, acho que isso foi um mérito da produção que fez um trabalho bem cuidadoso nesse sentido. O próprio encarte do álbum é muito bem-feito também e passa a idéia de que a banda realmente existiu.
E pra fechar tem a Liv Tyler (!) que já viveu seus dias como minha musa, na verdade o que me levou a ver o filme foi ela, pretendo revê-lo assim que der e volto aqui pra continuar esse papo...
acrescentou sim Doctor Robert, eu baixei um mking of por aí mas está sem legenda, e meu inglês não é lá essas coisas, sei o suficiente para não morrer de fome lá fora, rs.
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