O dia 14 de julho, um dia após o dia internacional do rock
foi no mínimo inesquecível. Conforme postei aqui semana passada, no domingo dia
14 os Mutantes iriam tocar no SESC Itaquera às 15:00. E lá fomos nós para o
show, tarde agradável, porém com umas nuvens sem graça se formando no céu, mas
até aí, eu tava tranquilo. Apesar de ter saído mais cedo para chegar a tempo,
pois quando se entra na unidade Itaquera do SESC, é um inferno para achar uma
vaga para estacionar a viatura.
Um trânsito, pois todo mundo inventou de levar a criançada
para o Parque do Carmo para brincar ontem. Enfim, dentro da unidade do SESC e
chegando perto do palco eis que vejo a banda com Sérgio Dias empunhando a sua
little baby Régulus, única e exclusiva guitarra com todas as peças folheadas a
ouro (para evitar ruídos), botões que ativam distorção e outros efeitos,
afinal, a guitarra é um show à parte. Esmeria Bulgari cantando, dançando,
correndo no palco de um lado pro outro, eis que as nuvens começam a pesar, mas
e daí? Vai chover não... ops... Mr.
Sérgio Dias no final de uma música diz que lá se foi uma corda, e a Régulus,
quando precisa trocar a corda precisa tirar a placa traseira. Mas Sérgio pega
um violão doze cordas e continua o show. O leitor pode estar pensando: ainda
bem que não choveu. Não é? De repente uns pingos, ah, são só uns pingos. De
repente, tá apertando... Ah, vai chover forte não. De repente aperta de vez...
Ah, aumenta que isso é rock n roll. Ninguém arredou o pé e todo mundo dançando,
cantando na chuva que durou pouco, passou, voltou e passou de vez. Quem liga
pra chuva? O clima ontem era Woodstock puro.
Além das canções do último álbum Fool Metal Jack, canções
como A Minha Menina, Top Top, A Hora e Vez do Cabelo Nascer (que Sérgio fez questão de tocar de novo com a
Régulus com a corda trocada), O Contrário do Nada é Nada (música que eu jamais
poderia imaginar de ver ao vivo) cantei a plenos pulmões, Baby, Virgínia, entre
tantas canções que fizeram eu me tornar fã da banda, como já comentei aqui, me
tornei fã louco por Mutantes por volta dos anos 90.
Depois de voltar ao palco para BIS umas três vezes, no final
do show, alguém lá do SESC falou no microfone agradecendo a presença de todos e
etc. Só olhei pra patroa e disse: É chegada a hora. TI E TAR. Palavra trissílaba, verbo que significa
tentar conhecer a banda no camarim.
Um portãozinho me impedia de chegar ao camarim. Tudo bem, um
portãozinho mais um segurança, uma moça do SESC, outros seguranças impediam eu
e uma legião de fãs de chegar ao camarim, eis que a moça diz que eles (iam ver)
se conseguiam liberar pra gente. Eu soltei: Olha, em nome de todo mundo que tá
aqui, DEUS TE ABENÇÕE VIU MOÇA? Ela olhou pra trás e riu.
Enfim ela vem com uma cara meio triste e fala: Olha a gente
vai liberar de cinco em cinco. Ao entrar no camarim, passar por uma sala ampla,
em uma porta eis que vejo um Sérgio Dias muito simpático, autografando LPs e
Cds que outros fãs tinham levado, esperei a minha vez e tirei uma foto ao lado
dele, geralmente nessas horas me fogem da cabeça pelo menos 99% do que eu
pensava em dizer. Pra dizer a verdade, beijei a mão dele e falei o quanto sou
fã de Mutantes. Em uma outra sala, eis que vejo Esmeria Bulgari e falei: Oi
Esmeria, sou o Baratta. Ela não lembrou de mim num primeiro momento, desde 2007
que eu tento conhecer os Mutantes pessoalmente, mas nunca havia conseguido.
Perguntei pelo marido dela, Crispin Del Cistia, guitarrista, já tocou com Elis
Regina e vários nomes de peso da MPB, ele estava lá. Fui cumprimentar ele,
falei de novo: Oi Crispin, sou o Baratta. Ele: Puuuuuuuuxa, você é o Baratta,
como tá rapaz? E parecíamos amigos de longa data. Aí tirei foto com Crispin,
com a Esmeria, com Vinícius Junqueira (baixista que toca com Sérgio desde o
trabalho Estação da Luz), e Vítor Trida (guitarras, flauta, viola caipira e
violino).
Enfim, foi um dia internacional do rock muuuuuuuuuuito bem
comemorado.
A nova formação conta com: Sergio Dias (violão, guitarras e vocais), Vinícius Junqueira (baixo), Vítor Trida (guitarras, flauta, viola caipira e violino), Esmeria Bulgari (vocais), Henrique Peters (teclados) e Cláudio Tchernev (bateria)
A nova formação conta com: Sergio Dias (violão, guitarras e vocais), Vinícius Junqueira (baixo), Vítor Trida (guitarras, flauta, viola caipira e violino), Esmeria Bulgari (vocais), Henrique Peters (teclados) e Cláudio Tchernev (bateria)
Pra terminar, as fotos que eu tirei ontem e um vídeo que não fui eu que fiz, mas já achei
Grande Baratta.
ResponderExcluirBoa matéria, rapaz!
Prazer em conhece-lo pessoalmente.
Abraço!
Crispin Del Cistia
Grande Crispin, que honra seu comentário aqui no meu humilde blog, que honra e que prazer conhecê-lo pessoalmente meu irmão. Um super abraço mano.
ResponderExcluirWell, não sou lá muito fã dos Mutantes, devo ser o único rockeiro do Brasil que não é muito fã deles e o único do mundo que não é muito fã de Led Zeppelin. Bicho, tá muito engraçado essa veia cômica das suas postagens (a parte da chuva). Apesar de não ser tão fã eu curti muito o show deles que vi aqui em BH na formação anterior a essa, ainda com o Arnaldo no teclado.
ResponderExcluirP.S: caramba, que All-Star phoda esse do Sérgio!!! hauahua...vou ver se consigo um!
grande abraço!
Ae mano, que prazer teu comentário aqui. Sim, vc é o único rockeiro que não é muito fã deles, assim como eu tbm sou o único rockeiro que não curto muito Pink Floyd. Essa nova formação tá excelente, no final de uma música eles citaram While My Guitar Gently Weeps, duns britânicos aí hehe.
ResponderExcluirTodos eles são muito simpáticos. O All Star do Sérgio realmente é muito dez.
Ah, realmente, vc é o único que não gosta de Led.
Abraço mano.
hauahuha...na verdade eu gosto de algumas coisas de ambas as bandas, só não sou "muito" fã como eu disse, hehe.
ResponderExcluirhehe, eu até gosto de algumas coisas do Floyd também.
ResponderExcluirEntão tá tudo bem, hauah
ExcluirOlá amigo, adorei as fotos, que barato hein Baratta? rs Conseguiu entrar no camarim e tirar fotos com os caras, só vc mesmo!
ResponderExcluirE quanto a chuva: Você tem razão. Quando estamos num show de um cantor ou de uma banda de que gostamos, quem vai ligar para uma chuva?
Amei as fotos e o vídeo!
Abração :)
Oi Simone, vc tinha dito, vai lá e tira fotos, eu tirei. hehe. Obrigado pela visita e comentário.
ResponderExcluirAbraço
Poxa.. perdi esse show.. eu num pude ir.. mas q bacana, gostei da postagem.. ta de parabens.. segue meu blog ai tmb .. to sempre acompanhando o seu.. uma abraço e tamo junto..
ResponderExcluirGrande Dimas, valeu pela visita e comentário. Em breve vou fazer uma postagem sobre seu blog por aqui, Abraço msno.
ResponderExcluirEu vi o documentário Loke e tive uma sensação muito estranha, pra não dizer herética: eu tive a impressão que os Mutantes eram melhores que os Beatles. Me entenda bem, não melhores na beleza das melodias, na harmonia das vozes, nem na perenidade e atualidade da obra, mas na originalidade do som. Perto do som dos Mutantes os Beatles me parecem meio inocentes.
ResponderExcluirEntão Serge no dvd do show deles em Londres na "volta" em 2006, um gringo disse isso também. A versão dos Mutantes pra Lady Madona é excelente. Talvez eles tinham mais elementos por aqui de percussão e produção e aliados ao Tom Zé... a primeira distorção em um disco dos Mutantes... sei lá, o timbre da distorção que o Harrison conseguiu no Sgt Pepper´s tá anos a frente de 1967. Pra mim Beatles é a escola, Mutantes são os primeiros alunos da classe, rs. Um abraço irmão
ExcluirNão te falei que era uma heresia? rs.
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