No último fim de semana o SESC Belenzinho recebeu o show do
nosso eterno meninão Arnaldo Dias Baptista. Três shows com lotação esgotada.
Sarau o Benedito? É o nome do show. Arnaldo, piano, flores, seus desenhos no
telão e um repertório com Será Que Eu Vou Virar Bolor, Jesus Volte Pra Terra,
Balada do Louco, There´s A Kind Of Hush, entre muitas outras. A energia do
Arnaldo contagia a todos nós presentes. As vezes entre uma música e outra
Arnaldo entra em comunhão com o piano desfilando um virtuosismo que é só dele.
Mais que o virtuosismo, o teatro é tomado pelo seu carisma único.
Ao final, descendo as escadarias internas, chegando no andar
da entrada do teatro e uma movimentação de pessoas olhando pra porta e
esperando. Todas, eu disse todas as pessoas com um sorriso de orelha a orelha,
com celulares, câmeras na mão. Nem é preciso dizer que eu resolvi ficar por lá.
Em pouco tempo a assessora nos diz que Arnaldo sairia por aquela porta e
tiraria foto e sugeriu que nos dividíssemos em três grupos, todos juntos numa
pessoa só. Fui seco no primeiro grupo mas a foto em que eu saí, não dá pra ver
que sou eu, rs. Mas captei o momento de Arnaldo saindo pela porta e ele olhou
pro meu celular. Ao sair foi muito aplaudido. Muito diferente de certos
artistas cheios de charme, ou que usam óculos, faz sentido as meninas do Leblon
não olhar mais pra alguns desses. Arnaldo é simpatia, é amor, é genialidade, é
sensibilidade à flor da pele. Sim, todos presentes ali saíram sentindo
Sanguinho Novo correndo nas veias.
Todos juntos numa pessoa só
Conheci Arnaldo e Mutantes por volta da primeira metade dos
anos 90 através de um amigo que me mostrou alguns discos e algumas músicas em
algumas fitas k7. Época em que o vinil começava uma morte lenta, até a
indústria já começava a forçar o consumidor a comprar CDs.
E que está muito dura a vida, nessa cidade de São Paulo
Nas minhas andanças pelo centro de São Paulo no horário de
serviço de Office-boy, já sendo um fã de Mutantes e do Arnaldo e fã do disco
Lóki (o qual eu tinha as músicas gravadas em uma fita k7), tá bom, tá bom, eu
estava com a fita do meu amigo emprestada. Isso em uma época em que recebíamos
VT, mais conhecido como Vale Transporte, mais conhecido como passe. Passe na
mão de Office boy se transformava em dinheiro, hot dog em frente o Teatro
Municipal, no meu caso cigarros e discos. E um dia lá fui eu entrando na
Baratos e Afins para ver um ou outro disco. Quando me dou por conta o rapaz da
loja dizia: Olha Arnaldo, lançaram esse aqui em CD, esse aqui também, Arnaldo.
Eu olho para o meu lado direito está ele, senhoras e senhores, Arnaldo Baptista!!!
Quem foi Office-boy sabe que tínhamos que tomar decisões rápidas, eu nem lembro
o quanto tinha de dinheiro no bolso, mas pedi pelo disco Lóki?. Perguntei a ele
onde ele estava morando, como ele estava e claro, pedi que autografasse o meu
disco recém-comprado. Não, não existia celular que tira foto, também não tinha
nenhuma câmera fotográfica. Afinal não é todo dia que a gente encontra com
gênio assim, num belo dia de sol.
Muito já foi dito, escrito e documentado em vídeo sobre
Arnaldo Baptista, mas tudo sempre deixa um gosto de queremos mais. E como nosso
eterno meninão diz:
YEAH, deve ser amor que estamos sentindo...
Aqui, agora, tocando e cantando pra vocêêê... te entretendo!
Pô, claro que dá pra te reconhecer na foto, mano, só depois que vi que você escreve "eu", haha.
ResponderExcluirSe eu não sou dos maiores entusiastas do Arnaldo, pelo menos ele te trouxe de volta ao blog.
Grande abraço!