NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ME GRAVA ISSO NUMA FITA?

Se pensarmos bem, a pirataria sempre existiu. Antigamente se ouvíssemos um disco na casa de um amigo dizíamos: Me grava isso numa fita? O compartilhamento de cultura, arte em geral sempre existiu.

Antigamente era duro chegar com disco em casa, o envelope ou a sacolinha já denunciava que a gente tinha comprado disco, mas aí vinha as respostas alternativas: Ah, o fulano me emprestou, mas nem sempre colava. Com o advento do cd, opa, o cd já cabia dentro de um envelope e por aí vai. A questão é que está havendo um progresso de se compactar o espaço onde armazenar música, que hoje em dia também recebe o nome de arquivo.

Os discos de vinil, eram e ainda são charmosos, capa grande, faz muito tempo que eu não sei o que é sentar no sofá da sala, e (saborear) um vinil. Tirar da capa, ler a ficha técnica, colocá-lo no toca disco pra tocar, ao final do lado A, colocar o lado B, a única coisa é que não tem a função repeat, ou program. Por exemplo, nos dois últimos discos de estúdio do John Lennon por exemplo, a edição final ficou com músicas dele e da Yoko Ono intercaladas. Certa vez quando eu comprava o Milk and Honey, o dono da loja falou algo como: Pelo menos no cd dá pra selecionar somente as do John, brincando. Mas até esse fator possibilitou que eu conhecesse as músicas dela, querendo ou não eu acabei ouvindo, mesmo que fosse apenas o comecinho.

O som do vinil, se o disco estiver em perfeitas condições de armazenamento, se a aprelhagem de som for adequada, um bom toca disco, um receiver, um equalizador, caixas boas, tem condições de ser um som com boas resoluções de graves, médios, agudos e sinal. Eu já vi na casa de um amigo de um amigo um vinil tocando que eu desacreditei no que via.

Algumas questões geram polêmica até hoje. Um é o fato que o vinil risca com maior facilidade e o cd não. Na verdade é uma questão de manuseio correto. Todo disco é para ser manuseado da seguinte deve ser feito sempre pelas bordas. Se tem uma coisa que me deixa puto é quando vejo marca de dedo no disco, se for meu então é razão pra tiro.

O vinil deu lugar ao cd, intermediando esses dois, as lendárias fitas cassete. As opções eram de de 45 minutos, 60 ou 90 minutos, esta última lembro até de não ser muito aconselhável, pois (cansava) o cabeçote. A fita podia ser ouvida no walkman, tive uns três. A compactação de uns anos pra cá é gritante. Um mp3 player de 2GB é menor do que meia caixa de fósforos. Mas ainda prefiro o som do bom e velho vinil do que um som em mp3. É como um amigo meu diz: é como uma folha de papel, se você amassa e desamassa, ela nunca vai voltar a ser do jeito que era.

2 comentários:

  1. Então... acompanhei toda essa mudança das mídias. E tenho até hoje minhas fitas cassete, todas numeradas... TOC rsrsrsrsrs. E também tenho meus vinis, algumas raridades como o Wide wake in America do meu muito amado U2... (aliás, não achei nenhum post aqui sobre ele na busca). E não troco meus vinis por nada.

    Só que, a vida vai mudando e o tempo da gente também. Então, naõ tenho mais esse tempo de sentar na sala e ler a ficha técnica do vinil. Baixo minhas playlists no celular e escuto no metrô indo e vindo do trabalho. A vida é como a vida é...

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    1. Verdade Maria José, meu tempo também mudou bastante, hoje jogo os mp3 do pc pro celular e escuto na ida e vinda do trabalho também. Mas ao chegar em casa ainda ouço meus vinis. Obrigado pela visita e comentário.

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