NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cruis ´n USA / Office Boy

Get Back ultimamente tem sido a música perfeita pra mim. De uns tempos pra cá vejo, lembro de algumas coisas que ficaram pra trás, e olha, que infância e adolescência do cacete eu tive. Fosse hoje eu não sairia do computador e não faria nada a não ser ficar enfurnado no quarto saindo pra comprar pão e cigarro. Na segunda metade da década de 90 eu trabalhava de Office boy, começava o boom dos motoboys, mas o cargo de Office boy ainda existia. Para falar a verdade nem sei se ainda existe até hoje. Eu era Office boy de uma empresa onde eu levava disquetes, fitas de backup, relatórios para quase toda São Paulo. Ônibus, Metrô, trem, só não peguei avião. Office boy é o cargo mais loco que existe. Foi a época em que me tornei ilusionista, fazia mágica. Quando recebia a cartela de passes (vale transporte) do mês, sempre trocava, vendia, nunca ficava sem dinheiro. Ou seja, passes se transformavam em cigarro, fitas cassete, pilhas pra alimentar o walkman e lógico, discos. Uma vez ou outra, dá para contar nos dedos, comprei alguma roupa.
Sempre chegava nos clientes com o walkman com o volume no talo, ouvindo a ex Rádio Rock 89 FM ou alguma fita k7 com uma seleção preparada por mim a partir dos meus discos de vinil. Andar pelo centro de São Paulo sendo um Office boy, com uma quantia simbólica de dinheiro e, na época, sem celular para ser monitorado era como viver na Terra do Nunca. Sempre atento aos caminhos e ao serviço. Quando passava pelo centro, Galeria do Rock, lojas de discos. Tinha uma loja lá que vendia muita coisa dos Beatles, era a Magical Mystery Club. Uma loja em que o dono sempre tinha um café feito na hora, onde eu comprava algumas fitas de vídeo, itens de memorabília, outra loja era a Baratos Afins onde eu passava sempre, sebos. Na época muitas pessoas estavam animadas com a explosão do cd no mercado, resultado? Todo mundo começou a se desfazer dos LPs, os sebos ficaram cheios de coisa boa, além dos sebos, sempre tinha um ou outro tiozinho que vendia discos nas calçadas da avenida Ipiranga e avenida Paulista, tempo bom. Ah, já ia me esquecendo do real motivo que me levou a escrever esse post. As casas de fliper. 



Sempre fui uma negação em jogo. Passar de tela, sempre fui ruim pra caramba. Meus primos tiveram o primeiro Odyssey, depois Atari, jogava quando ia lá ou quando ia na casa dos meus vizinhos, mas nunca infernizei meu pai para que comprasse vídeo game nem nada disso. Mesmo nas casas de fliper, nunca fui muito fã de Street Fighter, etc. Mas jogar fliperama, o bom e velho Pinball, ou o Cruis ´n USA era comigo mesmo. A máquina era um próprio cockpit com cambio, pedais, e botões laterais que permitiam o jogador ter a visão de dentro do carro e acima do carro. A cada ficha a tentativa de chegar em primeiro, várias vezes consegui. Sempre que o jogador chega em primeiro aparece uma mina na tela com uma taça e isso permite que o jogador jogasse de novo. Uma das últimas vezes que vi uma máquina igual faz uns dois anos, quando praticamente joguei mais de cinco fichas. Achei o jogo para jogar no computador alguns dias atrás. Caramba, voltei a minha adolescência. Logicamente não é a mesma coisa jogar no teclado, mas estou vendo de comprar um joystick de volante com pedais e câmbio em breve. Muuuuuuito em breve diga se de passagem. Em anúncios no mercado livre, vi alguns anúncios em que se vende o cockpit, não original do Cruis ´n USA, mas estruturas que auxiliam e muito para jogar. 



Para quem for passando de tela em tela, quando chega na tela final, há uma surpresa que eu não vou revelar, pois levei anos e anos para descobrir. Para quem quiser jogar,  procure por emuladores do Nintendo 64, corrida. Ah, se eu não tive Atari antigamente, hoje tenho tudo para jogar no computador. É legal, distrai, faz bem e é saudável.

4 comentários:

  1. Pô, bicho, muito massa esse post começando pela observação de que se fôssemos adolescentes hoje provavelmente passaríamos mesmo o dia inteiro enfurnados no quarto mexendo com essa geringonça. Mais um coisa em comum entre nós, tive Atari e Nintendo, mas nunca fui muito fã de videogame, praticamente só joguei Futebol do Nintendo pra cá. Dos jogos de Fliperama o que eu gostava mesmo era o Pinball, e como sempre gostei de corrida (de F1 na verdade), também jogava vez ou outra Crusi'n USA (que eu jamais lembraria do nome sozinho), o cockpit dele era um grande atrativo, porém no balanço geral eu trocava fácil os videogames e fliperamas, por sinuca e baralho!

    Grande abraço e feliz natal, mano!

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  2. Reparando bem, aquela beldade que aparece com a taça quando a gente chega em primeiro, bem que parece a Isis Valverde (de quem eu fanzaço). Eu mesmo nunca tive video game, hoje tenho todos os Atari pra jogar no computador e agora o Cruin. Recentemente baixei um que é o German Truck, é um simulador de caminhão, vc traça rota, viaja pra entregar a mercadoria, porém na primeira vez (jogando no teclado) bati o caminhão três vezes dentro do estacionamento e arregacei com uma carroceria que nem minha era. Resolvi deixar ele aqui pra jogar com joystick de volante que eu comprarei em breve. hehe. Abraço e feliz natal.

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  3. Senão me engano a Ísis é aqui de BH, né? Simpática a moça, tem chances comigo, hauhauha...então, teve um carnaval há uns 4, 5 anos atrás que eu baixei um simulador de Atari e fiquei os três dias jogando River Raid e Enduro. Programaço, né? hauhauha

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  4. É parece que sim. Simpática, linda, poderosa, vitaminada e absoluta. River Raid e Enduro é clássiqueira. hehe.

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