NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Jerry Lewis



Extremamente complicado falar do Jerry hoje. O responsável por tantas risadas, tantos filmes, um gênio a serviço do bom humor e dos filmes de qualidade. Ah, você leitor é do tipo que curte mais um filme com efeitos especiais, explosões, fim de mundo, ou carros velozes e feiosos, ou ficção interplanetária ao estilo do desenho Os Jetsons, definitivamente essa postagem não lhe chamará a atenção. Boa parte das minhas lembranças de infância é de ver os filmes desse gênio que nos deixou ontem com 91 anos. Jerry Lewis faleceu na manhã de domingo dia 20 de agosto de 2017 em sua residência em Las Vegas. Seus filmes fizeram muito sucesso no cinema e na TV brasileira também, os filmes eram exibidos na Sessão da Tarde. Se pensarmos apenas na categoria comediante: ok, vários comediantes vieram depois dele; ok, cada um tem lá o seu estilo próprio; ok, Jerry  não foi o único na história do cinema que atuava e dirigia seus filmes, mas Jerry tinha um estilo único de trabalhar. No DVD do seu filme “O Professor Aloprado”, que para muitos fãs é o seu melhor filme, há entre os extras um mini documentário com o nome de “Jerry Lewis At Work” de aproximadamente 30 minutos. Ali Jerry conta como costuma trabalhar, o que gosta ou não gosta, de como foi difícil partir para a (carreira solo) no primeiro filme “O Delinquente Delicado” de 1957, a mega produção “Cinderfella” ou “Cinderelo Sem Sapato” de 1960, entre outras revelações do próprio Jerry. Algo dito por Jerry nesse documentário me chamou atenção foi que ele fazia filme para a família. Sua visão além do tempo é algo que faz a gente parar para pensar. Em “The Patsy” ou como foi chamado no Brasil “O Otário” de 1964, é gritante a alfinetada nas celebridades instantâneas, coisa que no Brasil a gente vê surgir a cada minuto. No filme Jerry faz o papel de Stanley Belt, um empregado do hotel onde está hospedada a equipe de um famoso comediante que morre de uma hora pra outra. Preocupados com seus empregos, a equipe decide que seria melhor outro artista assumir o posto de novo comediante. E enxergam em Stanley Belt aquele que poderia ser o novo artista. Por mais que Belt nem sonhe com isso. Os filmes de Jerry podem ser vistos hoje como fracos ou leves, mas esse tipo de comentário você provavelmente vai ouvir de alguém que busca algo mais rebuscado no cinema. Os filmes que (fogem da realidade) tem feito notório sucesso de uns anos pra cá, mas não faço parte desse público. Prefiro mil vezes os filmes do Jerry, da Marilyn, do Elvis, dos Beatles, do Chaplin...

9 comentários:

  1. Eu adorava o Jerry Lewis nos tempos do festival que durava uma semana na Sessão da Tarde de Globo, na década de "70 assim como o festival Elvis Presley que alternava com ele sempre.
    Só que para mim, depois de todos esse anos a imagem que eu tinha do Lewis mudou e comecei acha-lo chato, arrogante...Ele, pra mim, começou ficar parecido com aquele palhaço Krusty, dos Simpsons; pena.

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    1. Pois é Serge, eu também sempre gostei dos filmes dele e lendo umas matérias por aí, até pra fazer essa postagem no blog, realmente ele se transformou no Krusty (aliás brilhante comparação rs). Ontem pegamos o filme O Professor Aloprado e assisti novamente o mini-documentário Jerry Lewis At Work, o bicho era bem narcisista sim. Eu fiz isso; Eu fiz aquilo; Tenho muito orgulho da minha invenção do video assist... A imagem dele mudou um pouco pra mim também, mas ainda consigo assistir os filmes dele numa boa e dar boas risadas. Um abraço irmão.

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  2. Repare na pequena participação do Lewis no filme brasileiro "Até Que a Sorte os Separe 2" em que apesar dos atores brasileiros estarem visivelmente de quatro pra ele toda a sua atuação é absurdamente antipática, como se estivesse fazendo aquilo obrigado; e acho que foi.

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    1. Serge, vc acredita que eu acho que baixei esse filme e não vi inteiro até hoje? Devo o ter aqui. Mas eu tenho a péssima característica do downloader. Uma penca de coisa baixada e 10% assistida, rs.

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  3. Pesquisando melhor achei um dos motivos para o Jerry Lewis estar neste "Até que a Sorte nos Separe 2". Parte da reportagem diz o seguinte ...‘Pat’, que é cantora e na verdade é brasileira e se chama Patrícia. É nora do Jerry, e também ajudou para que ele fizesse o papel”. Pat deu a dica - Jerry curte demais seu primeiro longa, The Bellboy/Mensageiro Trapalhão. “Ele adorou fazer o bellboy”.
    Agora da pra entender melhor o sua indisfarçável má vontade na atuação.

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  4. Meu amigo...não perca seu tempo. Reveja, pela centésima vez (acredito), Carrossel de Emoções com o Elvis andando naquela Honda mequetrefe e lutando aquele caratê duvidoso que vai aproveitar mais o seu tempo e se divertir com boas músicas, uma moça linda e uma atriz de primeira que era a Barbara Stanwyck.
    Cheguei a conclusão que cinema brasileiro é só Cidade de Deus, o resto...

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    1. hahhah, verdade, ou então o "Minhas Três Noivas" com a Shelley Fabares tirando um racha com Elvis no início, ela com aquele sorriso e aquele cabelo e aquela carinha de "Papai não me deixa chegar depois das 22h"... ô modezu... Olha que o cinema brasileiro, tá bom, eu assisti os filmes do Roberto Carlos e gostei, mas até os anos 70 a coisa ia bem por aqui. Eu entrei numas de baixar as pornochanchadas em que (os mais leves) passava na Sala Especial na Record, quando eu pegava cigarro escondido do meu pai quando ele ia dormir e assistia o Sala Especial pra ver mulher pelada hahahaha. Bons tempos. Agora, a merda de hoje chama-se Grobu Filmes. Depois do que fizeram no filme sobre o Tim Maia... Melhor ficar com os filmes de outros países mesmo.

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  5. Outro dia eu escrevi para o Pablo que o Tim Maia era o único brasileiro que se comparava ao Elvis no que tange a conseguir que qualquer musiquinha na voz deles se tornasse boa, até "Atirei o Pau no Gato". Lembra do: "tomo guaraná, suco de caju ,goiabada para sobremeeesa!"? Aí vão e fazem um filme destes. O pior é que estou lendo a biografia escrita pelo Nelson Motta, que também é ruim e é o que originou o tal filme, mas é mil vezes mais interessante e completa que o filme feito com paumolência, como diz o filósofo Lobão.kkkkkkkkk...

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    1. Eu vi esse comentário. Eu tenho o livro do Nelson Motta, tenho o áudio livro também. O livro preciso ler.

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