NO DISC, NO FILMS

O segmento deste blog não é discos e filmes para baixar, embora eu farei comentários sobre discos e filmes que eu gosto e outros que eu não gosto mas acabei assistindo e extraindo algo de legal. Minha opinião pode não interessar para ninguém, mas... pensando bem, tem tanta gente por aí opina e escreve... sou apenas mais um. Apenas um aviso, meus comentários as vezes são corrosivos. Dizem na minha família que eu já nasci rabugento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BARATTA EM RITMO DE AVENTURA

Escuto Roberto Carlos desde a minha infância. A primeira lembrança que tenho é do disco de 1969 e o de 1978, detalhe é que nasci em 1974. Em sua obra, sempre tudo me chamou a atenção, a interpretação, a voz, as letras, os arranjos, a escolha no repertório do disco, as performances ao vivo, a atuação nos filmes, os shows que eu assisti, de maneira que comecei a colecionar recortes, reportagens, assim como faço ate hoje também com os Beatles, Elvis Presley, Michael Jackson e Kiss.

Mas em especial na coleção do Roberto, fã que é fã coleciona tudo que vê pela frente, desde página de revista de sala de espera de dentista até o que encontrar no lixo propriamente dito.

Um dia lá por 1991 eu vejo a foto do Roberto em uma página do antológico jornal Notícias Populares com a manchete: Roberto faz 50 anos de idade. Olha só o que ele ganhou. PRESENTÃO: FILHO DE 25 ANOS. A notícia era sobre o reconhecimento do seu quarto filho Rafael Braga, que mais tarde gravou um disco, sem a ajuda do pai, uma pessoa que eu gostaria de conhecer um dia pessoalmente um dia também.

O jornal está comigo até hoje como o leitor pode ver na foto. Mas esse item da minha coleção tem uma particularidade muito especial. Nesse jornal vinha uma cópia do documento onde ele reconhecia o Rafael. No documento, vinha o endereço comercial do rei. O jornal está com a data de 16 de abril de 1991. Creio que um ou dois anos depois eu revendo esse recorte novamente, o endereço ficava perto da onde eu trabalhava de Office boy. Eu embaçava, ou melhor, trabalhava andando pelas ruas de São Paulo com envelope... boné... Andava com fichas e mais fichas telefônicas para ligar para a namorada da época... lá era uma gráfica e copiadora. Eis que na rua em que eu trabalhava há o monumental hotel Sheraton Mofarrej, onde se concentravam muitas pessoas na ocasião da vinda do Michael Jackson ao Brasil. Região da avenida Paulista, tudo muito chique, carros importados, gente para lá e para cá...

Mais precisamente em 24 de dezembro de 1993 comprei a revista Caras, onde vinha a manchete: “Roberto Carlos: Casar? Por que não?” . A revista vinha com uma reportagem falando de seu namoro com Maria Rita, e descrevia uma entrevista “...num amplo escritório na Alameda Santos...” pensei, putz é aquele. Mas como ele sempre anda viajando, talvez não conseguisse ver ele. Bom lá fui eu ao longo dos meus 19 anos, boné e uma sacolinha com a minha marmita que eu sempre comprava. Cheguei à frente do prédio, local onde já tinha passado várias e várias vezes. Minhas pernas tremeram até... Dirigi-me a recepção e falei que ia entregar um almoço, numa cidade como São Paulo onde o tempo não pára, é comum as pessoas de seus locais de trabalho pedir suas refeições. Peguei o elevador e eu não estava sozinho, outras pessoas desceram andares antes de mim, até aí nada de mais. Mas quando a porta se abriu no andar que eu iria descer, o andar era diferente dos outros que eu tinha visto: carpete azul na parede do andar e metal branco do chão até o teto... Do lado esquerdo a editora musical dele, do outro lado, provavelmente o escritório dele... Lá fui eu com o coração saindo pela boca e entrei e soltei: Desculpe, estou perdido, foi daqui que pediram um comercial com bife?

A recepcionista disse que não... Ainda tentei falar que entregava marmita e estava procurando emprego de Office boy, e se podia deixar um currículo, falando isso e olhando tudo. Em uma mesa de lado, vi um envelope escrito, “documentos Maria Rita”. Aí soltei, aqui é o escritório do Roberto Carlos, né? Ela confirmou e eu: Ele está aí? Claro que a resposta foi um sonoro Não. Saí frustrado de lá, mas não me arrependo não, pelo menos eu fui.

Em pauta, tenho para postar a Exposição sobre ele na Oca do Ibirapuera, um apanhado dele dos últimos anos e algumas análises de discos.

Baratta.

2 comentários:

  1. Cara fico feliz pelo seu blog. Mas ainda não li toda a matéria sobre o Roberto, do qual do fã também. Te desejo muito sucessos e com certez estarei sempre visitando o seu blog.
    Um abração do amigo. Carlos

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  2. HAUhUAHUHAuhUHAuh...já conhecia a estória, gostaria de ter visto a cena "foi daqui que pediram um comercial com bife?"

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